Kaio Márcio e Daynara avaliam erros no Mundial e buscam 'salvação' no Pan
Ana Marcela Cunha, Cesar Cielo (duas vezes) e Felipe França foram os responsáveis pelos quatro ouros do Brasil no Mundial de Esportes Aquáticos em Xangai. O Brasil ainda teve chance de conquistar medalhas em outras duas oportunidades. Nenhuma delas com Kaio Márcio e Daynara de Paula, que não fizeram finais. Os dois nadadores avaliam os erros na competição na China e buscam nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em outubro, a ‘salvação’ da temporada.
Kaio Márcio fez apenas o 25º tempo nos 100 m borboleta e sequer foi para a semifinal. Nos 200 m borboleta, ele chegou à semifinal, mas ficou em 10º e não avançou para a disputa por medalhas. “Foi uma fatalidade. Nadei o ano inteiro bem. Eu estava bem, mas não consegui nadar o meu melhor. Mas ainda tem o [Troféu José] Finkel e o Pan para salvar este ano”, disse paraibano.
Campeão e recordista mundial em piscina curta, Kaio Márcio não consegue repetir o desempenho nas raias de 50 m. O brasileiro reconhece que houve erro na preparação, mas prefere não revelá-lo. Para o paraibano, uma estratégia equivocada também tirou o Brasil das finais dos revezamentos – principal estrela brasileira, Cesar Cielo não nadou as eliminatórias. “A gente acreditou muito na eliminatória, poupou força e todo mundo veio com tudo. Mas fica a lição. O objetivo agora é não dar mais mole”, explicou.
Daynara de Paula também ficou fora das finais, em campanha semelhante a de Kaio Márcio. Ela fez o 21º tempo na eliminatória dos 100 m borboleta e não avançou. Nos 50 m borboleta, a brasileira alcançou à semifinal, mas não se classificou por terminar em 10º. “Eu queria mais. As coisas não saíram como eu esperava. Estava muito nervosa. Nos 100 m borboleta, queimei minha energia nos primeiros 50 m e esta não é a característica do meu nado”, explicou.
Suspensa por seis meses por uso de furosemida – mesma substância do doping do apenas advertido Cesar Cielo – Daynara de Paula ficou quase um ano sem competir. “É como se fosse a minha primeira competição. Fiquei muito nervosa. Tem que melhorar neste lado psicológico para evoluir. Agora, tem o Finkel e o Pan ainda para eu buscar as medalhas”, falou.
Sem contar com Kaio Márcio e Daynara de Paula, além dos revezamentos, nas finais, o Brasil chegou a apenas seis disputas de medalhas – contra 18 do Mundial de Roma-2009. Mas isso parece não preocupar os brasileiros. “O que vale é o ano que vem. Não adianta chegar na Olimpíada com histórico bom e não ganhar medalha”, opinou o paraibano.
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