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CBDA reconhece erros e usa exemplos internacionais para respaldar o Finkel

Roberta Nomura

Em Belo Horizonte (MG)

30/08/2011 19h24

O Troféu José Finkel soma três falhas em apenas dois dias de competição. E a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) reconhece os erros. O superintendente técnico de natação da entidade, Ricardo de Moura, relembrou casos internacionais para manter o respaldo ao torneio que está sendo realizado em Belo Horizonte (MG) na piscina do Minas Tênis Clube.

No primeiro dia, parte do bloco de saída caiu e Ítalo Manzine Duarte teve que nadar sozinho após as eliminatórias para ter seu tempo computado. Na manhã desta terça, a primeira bateria da semifinal feminina dos 50 m livre teve que ser repetida por erro no placar eletrônico. Houve também polêmica com maiôs na final dos 200 m costas.

Um árbitro confundiu um modelo permitido com o Jaked – traje tecnológico proibido no fim de 2009. O imbróglio gerou choro de um nadador e críticas. “Houve intempestividade das duas partes. No banco de controle, as pessoas têm segundos para decidir o que fazer”, explicou Ricardo de Moura, que reconheceu os erros na competição.

“A pessoa se confundiu. É uma coisa mais especificada. Tem um cara na Fina [Federação Internacional de Natação]  que é especialista em laboratório e faz a observação do material. É uma tecnologia de ponta que nem todo mundo tem. Mas é preciso ter bom senso e isso também não está na regra”, justificou.

O superintendente de natação da CBDA utilizou exemplos em competições internacionais para explicar que as falhas podem ocorrer em qualquer lugar. Segundo ele, no Mundial de Moscou (piscina curta – em 2002) o placar não funcionou na final dos 50 m livre, as nadadoras tiveram que repetir a prova e uma chinesa se recusou a nadar de novo. “Não é diferente em qualquer evento internacional. Quando faz uma competição está sujeito a erros. Não se prevê tudo o que pode acontecer”, contou.

O mesmo caso ocorreu na semifinal feminina dos 50 m livre. “Nadei com raiva”, disse Flavia Delaroli-Cazziolato, que venceu a primeira bateria da prova em que deu problema e na repetição. Ouro nos 200 m costas, Thiago Pereira não teve problema com o maiô, mas criticou a polêmica. “ O cara, para estar ali, precisa aprender a ser árbitro”. As provas da tarde (eliminatórias) seguiram sem problemas.