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Corinthians passa aniversário em branco na água em dia com surpresa para Cielo

Thiago Pereira não conseguiu a medalha de ouro no aniversário corintiano - Satiro Sodré/AGIF
Thiago Pereira não conseguiu a medalha de ouro no aniversário corintiano Imagem: Satiro Sodré/AGIF

Roberta Nomura

Em Belo Horizonte (MG)

01/09/2011 15h03

O Corinthians comemora 101 anos nesta quinta-feira. Thiago Pereira bem que tentou presentear seu clube, mas bateu na trave. E a prata foi o mais alto que o clube paulista conseguiu no quarto dia de disputas do Troféu José Finkel de natação, em Belo Horizonte. O dia foi marcado mesmo por triunfos do Pinheiros/Sabesp e surpresas na vitória do Flamengo, de Cesar Cielo, no revezamento 4x50 m livre.

Principal nome do Corinthians, Thiago Pereira tem disputado provas que não são sua especialidade. Foi ele, inclusive, que pediu para nadar os 100 m borboleta. E terminou com a prata, atrás apenas de Gabriel Mangabeira. “Uma pena o aniversário não ter sido ontem que eu ganhei a medalha [nos 400 m medley]. Mas está bom. Esta é minha segunda competição oficial pelo Corinthians. Na primeira, fui o atleta que mais deu pontos para o clube. Vou buscar o máximo de medalhas para a gente ficar entre os três primeiros na classificação geral", falou.

O objetivo já foi parcialmente cumprido. Thiago Pereira nadou três provas individuais e subiu ao pódio em todas elas: ouro nos 200 costas, ouro nos 400 m medley e prata nos 100 m borboleta. Ele ainda nadou o revezamento 4 x 50 m livre, em que o Corinthians ficou fora do pódio, e vai competir nos 200 m medley e mais três revezamentos.

O clube paulista está atualmente na segunda colocação geral, atrás apenas do anfitrião Minas, que domina o Finkel desde o início da competição. Mas o dia foi mesmo do Pinheiros. A equipe venceu os 100 m borboleta (Gabriel Mangabeira), os 100 m peito (João Júnior e Tatiane Sakemi) e o revezamento 4x50 m livre feminino.

Na prova masculina, o Flamengo triunfou com ampla vantagem. A tática de surpreender deu certo. Campeão olímpico e bi mundial na distância, Cesar Cielo foi o segundo a cair na água e Nicholas Santos, o terceiro. Bernardo Novaes e André Santos ficaram com as difíceis missões de abrir e fechar o revezamento, respectivamente.  “A gente não esperava que eles fossem nadar assim. Terminamos com um corpo de vantagem. A escolha foi para surpreender e que bom que foi surpresa para a gente também”, disse o recordista mundial.

CIELO BRILHA NO REVEZAMENTO

Cesar Cielo foi decisivo na vitória do Flamengo no revezamento 4x50 m livre. Segundo a cair na piscina, ele pegou o time rubro-negro em sexto lugar, nadou a distância em 21s36 e passou para Nicholas Santos em primeiro, com boa vantagem. Nicholas, com 21s79, ajudou a aumentar a diferença.

"A pressão acaba sendo dividida, então o revezamento é mais divertido. Mesmo não estando com nosso time A, conseguimos uma boa distância para o segundo colocado", analisou Cielo. O Minas ficou na segunda posição, enquanto o Pinheiro foi o terceiro.
JOANNA MARANHÃO TOSSE SANGUE

A pernambucana Joanna Maranhão sofreu com o tempo seco de Belo Horizonte. Depois de ganhar a final dos 400 m livre, ela revelou as dificuldades que enfrentou.

"Na prova dos 800 m eu tossi no final, estava saindo até sangue. Então aproveitei ontem para nadar com um tempo melhor nos 400 m e hoje eu queria ganhar a prova. Quando eu nadar no nível do mar, tenho condição de nadar na casa dos 4min10s", disse ela, que nadou a final em 4min17s35.
FABÍOLA MOLINA EM DOSE DUPLA

A veterana Fabíola Molina, de 36 anos, sobrou nesta quinta-feira. Primeiro, caiu na piscina do Minas Tênis Clube para conquistar a medalha de ouro na final dos 100 m borboleta com o tempo de 1min00s40. Ela foi seguida de perto pela jovem Daynara Ferreira, segunda colocada com 1min00s69.

Poucos minutos depois, Fabíola Molina competiu nas semifinais dos 50 m costas e se classificou para a final com o melhor tempo, registrando 29s16.