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Cielo supera com folga maior maratona no Finkel e 'Ronaldinho' sobe ao pódio

Cesar Cielo e a equipe do Flamengo após a vitória no revezamento 4x100 m livre - Satiro Sodré/Agif
Cesar Cielo e a equipe do Flamengo após a vitória no revezamento 4x100 m livre Imagem: Satiro Sodré/Agif

Roberta Nomura

Em Belo Horizonte (MG)

03/09/2011 13h58

Piscina, pódio, entrevistas, soltura e água de novo. Cesar Cielo foi submetido a sua maior maratona no Troféu José Finkel, em Belo Horizonte, neste sábado. E sobrou. O campeão olímpico e bi mundial foi à final dos 50 m borboleta com tranquilidade e ainda levou o ouro nos 100 m livre e no revezamento 4x100 m livre. Nas duas vezes em que subiu ao pódio estava acompanhado de ‘Ronaldinho Gaúcho’. Com a camisa 10 do Flamengo, João de Lucca foi receber suas medalhas.

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    Atletas do Fla usam uniforme branco de dia e preto à noite; João de Lucca foi com a do Ronaldinho

“Esta foi a segunda vez que nadei três vezes. No Maria Lenk [em maio] já tinha acontecido. É sempre meio doído. Nos 100 m livre, comprometeu um pouco a qualidade, mas depois encaixou. Os 50 m borboleta saiu relaxado. E no revezamento sempre tem adrenalina extra por nadar com os companheiros”, disse Cielo após sua maior maratona no Finkel.

Em meio as três provas que nadou, ele participou do protocolo de premiação e atendeu à imprensa. Evitou fazer massagem e optou mesmo pela soltura e hidratação. “É tudo para tentar recuperar ao máximo. Eu não gosto de ficar muito relaxado. O importante é não tomar nada pesado, que comprometa a digestão, para não pagar o preço”, explicou. Cielo ainda foi muito assediado e alertou: “vamos pessoal, que eu estou cheio de dores”, dizia em meio a autógrafos e fotos.

Nas duas vezes em que subiu ao pódio neste sábado, o bicampeão mundial teve a companhia de outro flamenguista. E, desta vez não foi o amigo Nicholas Santos. João de Lucca ficou com a prata nos 100 m livre. “Ele surpreendeu todo mundo e hoje é o segundo melhor do Brasil. É um estalo que dá e que pode diferenciar o momento e tornar especial”, elogiou Cielo. O resultado foi inesperado até para o vice-campeão.

“Nadar em 49s [fez 49s74] eu estava esperando porque treinei muito para isso. Mas o segundo lugar não por eu estar nadando com o Nicholas. Eu vi que estava comendo a galera, mas não via ele. Quando bati na placa e olhei o placar, nem acreditei”, revelou João de Lucca, que subiu ao pódio com a camisa do Ronaldinho Gaúcho.

“Eu pedi para o Marquinhos [Marco Guimarães, diretor de esportes olímpicos do Flamengo] e ele me deu. Quem não chora, não mama. Na verdade, a gente tem que usar a camisa branca de manhã e a preta à noite. Mas eu quis ser diferente”, afirmou. Na sequência, ele disse não ser um grande fã de futebol e admitiu que não torce para o clube rubro-negro. “Torço para todos os times do Rio. Meus amigos me chamavam de vira-casada, porque já torci para o Vasco, Fluminense...”, enumerou.

Após levar a prata nos 100 m livre, João de Lucca ainda abriu o revezamento 4x100 m livre do Flamengo, nadou com Cielo, Nicholas Santos e Thiago Sickert e levou o ouro. E novamente usou a camisa de Ronaldinho. O sucesso no sábado foi atribuído ao carinho que recebeu da mãe. Nos 200 m livre, João ficou de fora da final e admitiu frustração. “A lição que aprendi mesmo é não fazer descaso e subestimar o adversário”, concluiu.

DAYNARA DE PAULA SE MACHUCA EM NOVA QUEDA DO BLOCO

A série que abriu o dia no Troféu José Finkel foi marcada por novo problema. Parte do bloco de largada caiu e Daynara de Paula machucou o pé na final dos 100 m livre. A nadadora do Minas tratou com gelo, mas voltou a nadar.

?Meu pé esquerdo soltou do bloco, aí bati o pé no bloco mesmo. Está roxo. E o bloco estava do mesmo jeito que uso todo dia no treino?, contou a nadadora.

Antes de cair na água na semifinal dos 50 m borboleta, Daynara fez todo o percurso mancando. Mesmo assim, avançou à final com o quinto melhor tempo.
COM FRIO, THIAGO PEREIRA VENCE A FINAL DOS 200 M MEDLEY

Thiago Pereira levou a melhor na final dos 200 m medley. Principal nadador do Corinthians, ele fez a diferença nos 50 m estilo peito e venceu a prova com o tempo de 2min00s76. "Queria ter nadado abaixo dos dois minutos, mas o frio deu uma atrapalhada. Caí na água com as mãos e os pés dormentes", avaliou.
FELIPE FRANÇA, CAMPEÃO MUNDIAL, GANHA OS 50 M PEITO

Com uma saída muito forte, o campeão mundial Felipe França fez o que dele se esperava neste sábado: venceu bem a final dos 50 m peito. Com 27s49, ele superou João Luiz Gomes Júnior. “Fiquei uma semana de folga depois do Mundial e tenho treinado bem forte, com muita musculação, para que eu chegue para arrebentar no Pan-Americano.”