Após depressão e internação, Rebeca Gusmão fará tratamento psicológico
A despeito de ter recebido alta na última segunda-feira, a ex-nadadora Rebeca Gusmão ainda não está totalmente recuperada. Ela segue fazendo tratamento em casa, e nos próximos dias vai iniciar um acompanhamento psicológico.
Rebeca Gusmão foi internada na última quinta-feira, em estado grave, e chegou a ser enviada à UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). A família não autoriza a divulgação de detalhes sobre o que aconteceu com a ex-nadadora, mas a baixa psicológica tem relação com uma recente crise no casamento.
“Ela estava muito bem, tinha emagrecido e vinha trabalhando na Secretaria de Esporte e Lazer do Distrito Federal. Segundo relatos, ela desenvolvia um grande trabalho. Eu estive com ela na terça-feira, e ela estava muito bem”, relatou Magda Machado Gomes, presidente da FDADF (Federação de Desportos Aquáticos do Distrito Federal).
O pai de Rebeca, Ajalmar, é vice-presidente da FDADF. “Ele me ligou na quinta-feira e pediu ajuda, mas eu ainda nem entrei em detalhes sobre o que aconteceu. Ele pediu para não falar nada e esperar passar um pouco”, disse a mandatária da entidade.
Em 2007, Rebeca Gusmão conquistou medalhas de ouro nos 50m e nos 100m livres dos Jogos Pan-Americanos disputados no Rio de Janeiro. Antes, nenhuma brasileira jamais havia subido ao topo do pódio nessa competição.
O drama da nadadora, contudo, atingiu o ápice em dezembro de 2007. Rebeca Gusmão foi flagrada em exame antidoping por uso de esteroides anabolizantes. O teste foi feito durante os Jogos Pan-Americanos.
A Fina (Federação Internacional de Natação) anunciou em 2008 uma suspensão de dois anos para Rebeca. Ela recorreu e levou o caso até o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), que cassou as medalhas conquistadas pela brasileira no Pan e a baniu do esporte.
Em conversa com o UOL Esporte, uma pessoa próxima a Rebeca disse que ela nunca assimilou bem o que aconteceu e que sempre se sentiu injustiçada. Após o banimento do esporte, a ex-nadadora chegou a tentar carreira como jogadora de futebol e se candidatou a deputada pelo PC do B. A família e amigos já tiveram que ajudar a nadadora em outras crises recentes nos últimos anos, e ela chegou a fazer um trabalho psicológico para se recuperar do baque.
O cenário ficou ainda mais complicado para Rebeca por causa de uma crise no casamento com o cantor de ópera Gutemberg Amaral, que ela conheceu quando ainda estava na escola.
Amaral sempre foi apontado por Rebeca como um dos motivos para a musculatura desenvolvida. “Só digo que, assim como existem homens que gostam de mulheres magras e homens que gostam de mulheres gordas, há aqueles que, como o meu marido, gostam de mulheres fortes como eu”, disse a nadadora ao UOL Esporte em dezembro de 2007.
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