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Suspeito de atropelar nadadora culpa buraco. Responsável por via contesta

Sarah Correa fez trabalhos como modelo após abandonar a carreira nas piscinas - Reprodução/Facebook
Sarah Correa fez trabalhos como modelo após abandonar a carreira nas piscinas Imagem: Reprodução/Facebook

Guilherme Costa

Do UOL, no Rio de Janeiro

06/05/2015 15h11

Em depoimento à Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Diogo Barreira Brito, 29, culpou um buraco na pista pelo acidente em que esteve envolvido na última sexta-feira (01), na Estrada dos Bandeirantes, em Vargem Pequena (Zona Oeste do Rio de Janeiro). O carro que ele conduzia deixou a pista em alta velocidade e só parou ao bater num muro. Antes, atingiu e matou Paulo Soares, 58, e a ex-nadadora Sarah Corrêa, 22, medalhista dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara-2011.

Brito esteve na 42ª DP na última terça-feira (05) para prestar depoimento sobre o caso. Acompanhado pela mulher e pelo advogado, disse aos policiais que estava em velocidade normal e que perdeu o controle do carro ao passar por um buraco.

Contudo, a versão dele foi contestada pela Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos). Em nota oficial, a empresa disse que não houve nenhum serviço realizado na região em que o acidente aconteceu. Além disso, afirmou que suas obras são necessariamente indicadas e sinalizadas. A Secretaria de Conservação e Serviços Públicos vistoriou o local nesta quarta-feira (06), mas ainda não emitiu parecer sobre o caso.

A responsabilidade do acidente é apenas uma das discussões em torno do episódio. Brito não prestou socorro às vítimas e não ficou no local. A alegação do motorista é que ele estava machucado e teve de ir ao hospital.

Essa parte da história é contestada pelos pais de Sarah Corrêa. “A história que eu sei é outra: ele fugiu para escapar do flagrante. A esposa foi encontrá-lo e o retirou do local – ele fugiu no carro dela. Aliás, o motorista nem estava tão machucado assim. Ele fugiu porque estava embriagado e viu que tinha matado duas pessoas”, relatou a mãe da ex-nadadora, Maria Fátima Alves Gonçalves.

O pai dela, Benedito Bismark Corrêa, foi ouvido pela polícia nesta quarta-feira. Outras cinco testemunhas deram depoimento na terça. Sarah estava na frente de um ponto de ônibus quando foi atingida pelo carro.

Sarah tinha sido medalhista de prata no revezamento 4x200m livre dos Jogos Pan-Americanos de 2011, disputados em Guadalajara. Em outubro de 2014, contudo, ela anunciou que abandonaria as piscinas para se dedicar à carreira de modelo fotográfica.