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Unidos pelo WhatsApp, medalhistas da natação veem "momento crítico"

Ouro em Pequim-2008, Cielo integra grupo dos nadadores - Ricardo Bufolin/ECP/Divulgação
Ouro em Pequim-2008, Cielo integra grupo dos nadadores Imagem: Ricardo Bufolin/ECP/Divulgação

Demétrio Vecchioli

Colaboração para o UOL, em São Paulo

07/04/2017 09h47

Depois de evitarem falar com a imprensa nas primeiras horas depois da prisão do ex-presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) Coaracy Nunes, os principais nomes da história da natação brasileira se pronunciaram por meio de um comunicado oficial nesta sexta-feira.

O "grupo dos 13" em referências aos últimos 13 medalhistas olímpicos do País nos esportes aquáticos, mostrou preocupação com o momento vivido pela modalidade e se colocou à disposição para ajudar.

"Os medalhistas olímpicos de natação vêm se manifestar preocupados com a grave momento que atravessam os esportes aquáticos em função da intervenção na CBDA e prisão de seus diretores. Na certeza que a nossa comunidade é forte e resiliente, como são nossos esportes aquáticos, queremos nos colocar à disposição do interventor, senhor Gustavo Licks , para colaborar com o reerguimento da nossa confederação, que precisa de eleições mais democráticas e legítimas com a maior brevidade possível", diz o comunicado.

O texto é assinado por Poliana Okimoto, Thiago Pereira, Cesar Cielo, Gustavo Borges, Fernando Scherer, Edvaldo Valério, Carlos Jayme, Ricardo Prado, Marcus Mattioli, Jorge Fernandes, Cyro Delgado, Djan Madruga e Manoel Dos Santos, todos medalhistas olímpicos.

Eles têm um grupo no WhatsApp no qual recentemente passaram a discutir a situação dos esportes aquáticos no país, especialmente a natação. De todos, apenas Poliana e Cielo continuam em atividade, uma vez que Thiago Pereira anunciou sua aposentadoria na semana passada.

Thiago, aliás, acabou sendo o pivô da não realização das eleições da CBDA, depois que Coaracy indicou ele e mais quatro atletas para compor a Comissão de Atletas da entidade, com o nadador depois sendo eleito presidente do órgão colegiado, que teria direito a voto nas eleições. Joanna Maranhão entrou com ação judicial e a montagem da comissão sem o voto dos atletas foi revogada.

Na mesma decisão judicial, a eleição foi adiada até que os atletas pudessem eleger seus representantes. Como o mandato de Coaracy chegou ao fim sem que seu substituto fosse indicado, a Justiça nomeou um interventor para a CBDA, o advogado Gustavo Licks.