Michael Phelps revela depressão e diz ter pensado em suicídio
O maior medalhista olímpico de todos os tempos é prova viva de que o sucesso profissional pode não ser suficiente para ter uma mente saudável. Michael Phelps revelou nesta semana, durante uma conferência em Chicago (EUA), que sofreu de depressão e chegou a pensar em suicídio.
O ex-nadador falou abertamente sobre o assunto e explicou que sua "maior queda" aconteceu depois dos Jogos Olímpicos de 2012 — quando ganhou, em Londres, seis de suas 28 medalhas. "Eu não queria mais estar no esporte; eu não queria mais estar vivo". Phelps revela que, durante esta fase, passava "de três a cinco" dias sozinho em seu quarto, sem comer e dormindo mal e tomado pela "vontade de não estar mais vivo".
A atuação no esporte de alto rendimento custou caro. "Na verdade, após cada Olimpíada eu me sentia dentro de um grande estado de depressão", afirmou, revelando "um padrão de emoções que simplesmente não era certo". Os problemas começaram em 2004, após sua primeira experiência olímpica, e Phelps chegou a buscar refúgio nas drogas. Em 2008 foi fotografado fumando maconha, algo do qual ele se diz arrependido. As drogas eram uma tentativa de fugir "de todas as coisas de que eu tentava fugir", explica.
Não foi simples procurar ajuda, diz Michael Phelps, mas o tratamento lhe salvou. Ele sofria com a ansiedade e respondia com rispidez nos primeiros dias, mas à medida que se abriu, "a vida tornou-se fácil". Hoje, o ex-atleta explica que "é ok não estar ok". "As pessoas finalmente estão entendendo que isto é real [saúde mental]. Elas estão falando sobre isso, e eu acho que esta é a única forma de isso mudar."
Para Phelps, a oportunidade de contar esta história e talvez ajudar outras pessoas é poderosa. "Estes momentos, os sentimentos e as emoções para mim são anos-luz melhores do que ganhar uma medalha de ouro olímpica", disse. "Eu sou extremamente grato por não ter tirado a minha vida".
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