Húngaro quebra recorde de Michael Phelps três anos após cirurgia cardíaca
Com apenas 19 anos, o nadador húngaro Kristof Milak foi o destaque desta quarta-feira no Campeonato Mundial em Gwangju, na Coreia do Sul, ao desbancar um recorde que já durava exatos 10 anos e três dias nos 200 m borboleta, estabelecido simplesmente por seu ídolo Michael Phelps no auge dos supermaiôs tecnológicos, que acabaram banidos da natação em 2010.
Milak foi uma das sensações da natação europeia nos últimos anos como juvenil e no último Mundial, há dois anos, havia obtido a medalha de prata nos 100 m borboleta, em Budapeste, sua terra-natal, superado pelo americano Caeleb Dressel, no resultado que até então considera seu momento mais inesquecível na carreira.
No ano passado, em Buenos Aires, conquistou três medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude e chegou para o Mundial tendo entre seus adversários o sul-africano Chad le Clos, ouro nos 200 m borboleta nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, na qual superou Phelps.
Era Chad le Clos quem liderava nos primeiros 50 m da prova nesta quarta-feira, quando o húngaro arrancou para o melhor tempo da história da prova e bateu em 1min50s73, quebrando com boa margem os 1min51s51 estabelecidos por Phelps quando Milak tinha apenas 9 anos, durante o Mundial de Roma. A prata em Gwangju ficou com o japonês Daiva Seto em segundo, com 1min53s86, e le Clos, em terceiro com 1min54s15.
Já no hall dos grandes nadadores com o recorde e a medalha de ouro na Coreia do Sul, a carreira de Kristof Milak teve um momento complicado quando ele tinha apenas 16 anos. Ele precisou passar por uma cirurgia cardíaca para corrigir um desvio coronariano. Além disso, sofreu de asma durante a carreira.
Um de seus sonhos na natação era poder competir contra Michael Phelps, o maior medalhista da história dos Jogos Olímpicos, que abandonou as piscinas após competir no Rio-2016.
"Eu sempre sentirei falta de uma prova contra Phelps em minha vida a menos que ele retorne. Lamento ele ter se aposentado em 2016", declarou em entrevista ao site húngaro Index, em 2017.
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