"Não sei se tenho gás": Cielo mantém mistério sobre Olimpíada de Tóquio
Campeão olímpico em 2008, o nadador Cesar Cielo ainda tem dúvidas em relação à sua presença nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020. Detentor dos recordes mundiais nos 50m e 100m livre e brasileiro com maior número de medalhas em campeonatos mundiais entre todos os esportes, ele fugiu de uma resposta definitiva sobre o tema durante participação no programa "Grande Círculo", do SporTV. O obstáculo, segundo Cielo, são os desafios que teria que enfrentar na vida pessoal em nome da participação na próxima edição das Olimpíadas.
"Querer, eu quero. Meu lado competitivo vai sempre querer, mas também tem o meu lado pessoal, que sabe o tamanho desse caminho para chegar até lá. Eu sei o tanto que eu me dediquei para ganhar as medalhas que eu ganhei, então é difícil. Não sei se quero percorrer esse caminho de novo, se tenho gás e vontade, essa obsessão que já tive. É o que estou me questionando nesse momento", afirmou o nadador de 32 anos.
Cielo é o único brasileiro a conquistar um ouro em Olimpíadas - foi em 2008, em Pequim, na prova dos 50m livres. Durante participação no programa do SporTV, ele listou outros momentos importantes da carreira, como o bronze nos 100m livre, em Pequim-2008; o ouro nos 50m livre, no Mundial de Barcelona, em 2013; e o ouro nos 100m livre no Mundial de piscina curta em Doha, em 2014. Sobre o ouro olímpico, ele disse que já sabia que ganharia e no momento do início da prova pensava na maneira como iria comemorar.
Em março, Cielo se envolveu em polêmica ao dizer que a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos) "me aposentou, mas eu ainda não" por não ter sido convocado para um camping de revezamento 4x100m livre no mês anterior. Ele reclamou de falta de apoio. A CBDA respondeu dizendo que ele não foi convocado porque, segundo o ranking da Fina (Federação Internacional) de piscina longa de 2018, ele não constava entre os oito primeiros brasileiros dos 100m livre. Cielo encerrou contrato com o Pinheiros no fim de 2018 e paga um treinador para treiná-lo no Centro Olímpico para que mantenha a forma e, caso deseje, tente a vaga em Tóquio.
A CBDA também foi assunto na longa entrevista de Cielo: "Estamos pagando um preço muito caro hoje, são muitas décadas fazendo isso. Hoje a CBDA está praticamente falida, então as sequelas são enormes. Não sei quantos anos eu imagino para uma recuperação ou estabilidade."
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