| | Thiago Braz, no salto com vara nos Jogos Olímpicos de Tóquio | Gaspar Nóbrega/COB |
| | | | Thiago Braz rompe com técnico de suas duas medalhas olímpicas | | Thiago Braz rompeu a vitoriosa parceria com o técnico Vitaly Petrov, ucraniano que o levou a ser duas vezes medalhista olímpico. O brasileiro, que em dezembro completa 30 anos, deixou a Itália depois de quase uma década e já está em sua nova base, na Grécia. Ele agora é treinado por Mitchell Krier, um norte-americano que vinha trabalhando como treinador exclusivo da grega Aikaterini Stefanidi, também campeã olímpica na Rio-2016, e quarta colocada nos Jogos de Tóquio. Thiago começou a carreira no esporte de alto rendimento na equipe de Elson Miranda, marido e treinador de Fabiana Murer, e que tinha Petrov como consultor. O ucraniano já era uma lenda da modalidade, responsável direto pelo sucesso de Sergey Bubka e Yelena Insinbayeva. Em 2014, Thiago e Elson romperam, depois de o saltador preferir seguir orientações de Petrov, ao invés das instruções do seu técnico. No fim daquele, aos 21, Thiago se mudou para Fórmia, na Itália, onde o ucraniano tem sua base de treinamentos. O trabalho rendeu um ouro e um bronze olímpicos. Entre uma medalha e outra, ele chegou a voltar ao Brasil, em 2018, quando queria ficar mais perto da família. Na época, o COB costurou um acordo para Thiago voltar a ser treinado por Elson, em São Paulo, com consultoria de Petrov. Um ano depois, o saltador retornou à Itália, para perto do ucraniano. Agora é diferente. Thiago e Petrov tinham planos distintos. O ucraniano tem ampliado o número de atletas em seu centro de treinamento, enquanto o brasileiro prefere um trabalho mais individualizado. O caminho foi um rompimento amigável, mas definitivo. "Foram anos vivendo nesse país que por muitos anos nos acolheu, nos espremeu, enfim, transformou nossas vidas. E vida essa que é feita de recomeços. Agradecemos demais ao nosso eterno mentor Vitaly Petrov. Você é um homem que para sempre terá honra em nossos corações", postou Ana Braz, esposa do saltador e ex-atleta, no Instagram. Thiago não fez boa temporada indoor, tendo um modesto 5,67m como melhor salto do ano, e só competiu uma vez na temporada outdoor, no sábado (10), quando fez o básico para vencer um torneio interclubes na Itália com 5,40m. No mesmo dia viajou para a Grécia. No ano passado, ele foi quarto colocado no Mundial. O brasileiro está classificado para o torneio deste ano, em Budapeste, em agosto. PUBLICIDADE | | | | | Caio Souza conquista a medalha de ouro na Copa do Mundo de Ginástica Artística | Divulgação |
| | | | O fim de semana foi da ginástica | Caio Souza foi o grande destaque do fim de semana 'olímpico' brasileiro — e, aqui, vale a explicação de que tênis, como futebol, é outro departamento. Ele ganhou quatro medalhas na Copa do Mundo de Osijek, na Croácia, incluindo o ouro na barra fixa. Os pódios podem não servir de referência para o que ele pode fazer no Mundial, mas as notas servem. Caio competiu em cinco aparelhos nas eliminatórias e só não passou à final no cavalo com alças. No solo, não se apresentou. Nas quatro finais, ganhou ainda uma prata e dois bronzes. Considerando a melhor nota dele em cada aparelho, somou 70,750 pontos. Com mais 13,866 no solo (nota que fez no Mundial do ano passado), pode chegar a 84,6 pontos no individual geral. É um potencial que teria valido o quinto lugar naquele Mundial, a 0,6 do bronze. Claro que potencial é uma coisa e uma prova com seis aparelhos, e infinitas chances de erro, é outra. Mas Caio vai se aproximando da briga. O caminho parece ser o cavalo com alças. Em Liverpool-2022, quem brigou por bronze tirou 0,7 mais do que ele só nesse aparelho. Quem disputou o ouro teve ao menos 1,2 pontos a mais. O caminho mais curto à medalha olímpica, que Caio merece como poucos, é o salto. Dois saltos na casa de 14,7, como fez na Croácia, podem ser suficientes. Na barra fixa, ele também já briga. Tirou 14,300 na final, enquanto Arthur Nory precisou de 14,466 para ser medalhista no Mundial passado. A nota preocupante da Copa do Mundo foi o desempenho ruim da equipe feminina, que teve Lorrane Oliveira, Jade Barbosa (em tese titulares da seleção) e Ana Luiza Lima (concorrente a ser). Tudo bem que as duas últimas voltavam de lesão, mas só Lorrane pegou final, terminando em quarto nas assimétricas, com nota aquém do que está acostumada. O desempenho no Campeonato Pan-Americano da outra parte da seleção já havia sido muito ruim. Rebeca Andrade e Flávia Saraiva ainda não competiram no ano. | | | Brasil ganha diversas medalhas no Pan de Ginástica Rítmica | Ricardo Bufolin/?BG |
| | | | Ginástica para dar e vender | No trampolim, o Campeonato Brasileiro foi exibido pelo UOL e, no masculino, teve nota de finalista mundial para Rayan Dutra, que já havia sido bronze no Pan. Olho nele! No feminino, tanto Alice Gomes quanto Camilla Lopes tiveram falhas e não brigaram por pódio. As duas são fortes concorrentes a vaga olímpica e não será surpresa se ambas conseguirem. Aliás, os três. O Brasil nunca classificou ninguém à Olimpíada pelos critérios universais — em 2016, competiu como dono da casa. Já a ginástica rítmica foi muito, muito bem no Campeonato Pan-Americano. O conjunto fez sua melhor apresentação do ano tanto na final dos cinco arcos (35,150) quanto na da prova mista (30,000). Com 65,150, o Brasil só fica potencialmente atrás de China, Bulgária, Itália e Israel, que hoje são as quatro forças mundiais. E, se ficar em quinto no Mundial de Valência, em agosto, carimba passaporte para Paris. Nos arcos, dá para pensar em medalhar. No individual, Bárbara Domingos conseguiu impressionantes 127,950 pontos para ganhar o ouro, em dobradinha com Geovana Santos, que fez 123,950. Com essas notas, ambas seriam quintas colocadas no Campeonato Europeu, que é um mini-Mundial. Serão 14 vagas em jogo pelo Mundial e tanto Babi quanto Jojô têm grandes chances de se classificarem a Paris. | | | Fábio Jesus, atleta brasileiro que vai correr a Maratona do Rio | Divulgação |
| | | | Duas curtinhas | * O grande destaque da Maratona do Rio, ao menos do ponto de vista de esporte de alto rendimento, foi a prova de 10km. Fábio Jesus, do São Paulo, venceu com 28min56s, o que é a melhor marca do ranking brasileiro desde 2014, mesmo correndo sozinho, contra o relógio. Ele colocou incríveis dois minutos e meio sobre todos os demais corredores. Fábio treina atletismo há menos de quatro anos, e tem se destacado também na pista. Este ano, pode brigar por medalha no Pan. * Ana Sátila é o grande nome da canoagem slalom brasileira há mais de uma década, mas foi sua irmã Omira Estácia quem conquistou o melhor resultado do Brasil na tradicional etapa de Praga da Copa do Mundo. A garota de 23 anos chegou à final do caiaque-cross, terminando em quarto, enquanto Ana Sátila terminou em 25º. Ela havia sido prata na abertura do circuito, em Augsburg (Alemanha), uma semana antes. | |