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| | | | Lei de Incentivo ao Esporte ganha força e arrecada quase R$ 1 bi | | A Lei de Incentivo ao Esporte (LIE) cresceu exponencialmente de tamanho em 2023. Se, até 2020, ela estava estacionada em uma renúncia fiscal próxima a R$ 300 milhões/ano, no ano passado ela movimentou R$ 906 milhões. Quase um bilhão, nas contas da consultoria Trilha. Um aumento que coincide com mudanças na legislação da LIE. Antes, as pessoas jurídicas podiam doar até 1% do imposto de renda devido. Agora, 2%. Para pessoas físicas, o teto subiu de 6% para 7%. Por aumentou tanto?- Ainda que a porcentagem que seja possível doar siga baixa (na Lei Rouanet é 4%, por exemplo), ela já é o dobro do que era antes. A empresa que já doava R$ 100 mil, pode passar a doar R$ 200 mil, sem aumentar o custo desta doação.
- Mas como assim custo? Fazer a doação demanda tempo de trabalho das áreas jurídica e financeira, ao menos. E a ativação do patrocínio demanda esforço de marketing, comunicação, etc.
- Para as empresas, o custo segue o mesmo, mas o benefício aumenta (logo, melhor custo/benefício).
- Enquanto isso, as entidades gastam menos sola de sapato indo atrás de patrocinadores. O projeto que antes dependia de 10 doadores para sair do papel passa a precisar de somente cinco. Mais gente, assim, atinge os patamares mínimos para executar os projetos.
Vamos aos números:- Depois de movimentar entre R$ 242 milhões e R$ 316 milhões de 2014 a 2020, a LIE teve uma renúncia fiscal de R$ 508 milhões em 2021 e R$ 558 milhões em 2022, já sob as novas regras.
- O número de projetos também teve enorme salto. Até 2020, o recorde era de 1,5 mil. Foram 2,5 mil em 2021, 3 mil em 2022 e 5,8 mil em 2023.
- Continua havendo, contudo, uma enorme concentração no Sudeste. Três mil projetos vieram dessa região, e outros 1,5 mil do Sul. No Norte, só 262.
O que diz o especialistaLeonardo Castro, sócio-fundador da Trilha e ex-secretário da LIE no governo federal: "A Lei de Incentivo ao Esporte tem se tornado uma grande ferramenta para o desenvolvimento esportivo e social do nosso país. E o aumento no número de projetos apresentados nos últimos anos em todas as regiões só mostra que as políticas públicas adotadas têm sido acertadas. Não falta dinheiro para o esporte. O que falta é uma capacidade técnica de atender aos procedimentos exigidos pela legislação." PUBLICIDADE | | | | | Divulgação |
| | | | O trem da alegria do basquete | O fim de semana foi de festa para a cúpula do basquete brasileiro em Belém, no Pará. Tudo bem que a seleção feminina perdeu três jogos em casa, por erros amadores, e está fora de mais uma Olimpíada. Mas ao menos 21 presidentes de federação ganharam uma viagem carnavalesca e, a atual diretoria da Confederação Brasileira de Basquete (CBB), a certeza da reeleição. A versão oficial é que 21 presidentes de federação procuraram o presidente da CBB, Guy Peixoto, para uma reunião em Belém, terra dele, durante o Pré-Olímpico, para informá-lo que queriam lançar Marcelo Pará, melhor amigo de Guy e uma espécie de CEO da CBB, para sucedê-lo. Pará é quem toca a confederação no dia a dia e conseguiu que o filho, Dimitri Santos, jogando na terceira divisão da Itália, fosse convocado à seleção brasileira. A quase um ano da próxima eleição, já está batido o martelo que o próximo presidente da CBB será o homem responsável por tencionar as relações entre a confederação e outras entidades, especialmente a Liga Nacional de Basquete (LNB). A oposição pode até lançar um candidato, questionar as decisões da confederação, apontar que a seleção feminina não ganha de uma equipe europeia há 12 anos, que o basquete masculino não foi a Tóquio e corre sério risco de não ir a Paris... mas, com 21 votos garantidos, Pará está eleito. Perde, ainda mais, o basquete, que não consegue sair do buraco. A partir da escolha feita pela maioria das federações estaduais, elas acham que tá ótimo assim. | | | Basquete feminino do Brasil perde para a Alemanha e fica fora dos Jogos de Paris 2024 | Reprodução/https:/Fcebook/BasqueteCBB |
| | | | Olimpílulas | - Ainda sobre a seleção feminina de basquete: merecia ir a Paris, mas não mereceu se classificar. Explico o raciocínio aqui, e lamento como a comissão técnica boicotou o time no Pré-Olímpico. - Não feche este e-mail, sem abrir o perfil da Maria Fernanda Costa, nadadora que teve só o 68º melhor desempenho feminino do Troféu Brasil de Natação de 2022 e, no sábado, foi quarta colocada no Mundial de Natação nos 400m livre, batendo duas vezes o recorde sul-americano. - O futebol masculino também não vai a Paris, e só nos resta lamentar. Ao contrário do que pode achar quem não acompanha o movimento olímpico, a seleção é sim importante para o COB, para o Time Brasil, para o esporte olímpico do Brasil. Ajuda a Olimpíada a chegar a um público maior e poderia muito ajudar o Brasil a ser top10 no quadro de medalhas. Sem brigar pelo ouro no futebol masculino, as chances de isso acontecer ficam bem menores. - Quem também não vai à Olimpíada é o nado sincronizado. O dueto até sonhou com a vaga, depois que os EUA se classificaram no conjunto pelo Mundial. O regulamento da World Aquatics é muito mal escrito, e havia dúvida se, com isso, a vaga continental do dueto não seria herdada pelo Brasil, bronze no Pan. Este colunista entendia que sim, mas a resposta da World Aquatics foi não. A lista rodou pelo Mundial e o nado brasileiro vai ver a Olimpíada pela TV. Com isso, a tendência é a modalidade dar mais alguns passos atrás no país. - O Mundial em Doha também não serviu para classificar ninguém dos saltos ornamentais. A modalidade vai muito bem com Ingrid Oliveira e Isaac Souza, mas bem mal no resto. A delegação em Paris terá só dois atletas, algo que não acontecia desde 2000. - Exceto por um excelente desempenho de Lauro Chaman no primeiro dia, quando chegou a ser líder do montanha (e, vale lembrar, ele é um atleta paralímpico), o Brasil não foi bem na Volta da Colômbia de ciclismo de estrada masculino. Em uma rara oportunidade de competir contra equipes de primeiro escalão, a seleção brasileira teve Nicolas Sessler como melhor, em 51º lugar. Vinicius Rangel, pela Movistar, foi 31º. - O taekwondo precisa escolher quem serão os três brasileiros (dois homens e uma mulher) que terão direito de disputar o Pré-Olímpico continental e disputar uma vaga olímpica. Os últimos torneios de observação são dois 'Open' na América do Norte, no Canadá e nos EUA. No primeiro deles, Henrique Marques venceu dois sul-coreanos, um deles o 4º do ranking, faturou o título na categoria até 80kg, e o prêmio de melhor lutador do torneio. Isso o aproxima do Pré-Olímpico. João Victor Diniz venceu Edival Pontes na final do 68kg. No pesado, Maicon Siqueira venceu Icaro Miguel na semi, e ficou com a prata. No feminino, Maria Clara Pacheco venceu na até 57kg e deve ser a escolhida, já que Carol Juma já está classificada a Paris e, Milena Titoneli, da mesma categoria, no máximo será reserva dela. | | | |
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