Petrovic culpa atletas que pediram dispensa por fracasso da seleção
O técnico da seleção brasileira masculina de basquete, Alexsandar Petrovic, culpou três jogadores que pediram dispensa da equipe não só pelo fracasso no Pré-Olímpico, quando o time perdeu a final para a Alemanha e ficou sem vaga em Tóquio-2020, mas também pelo Brasil não brigar por medalha nas Olimpíadas.
"Analisando o torneio Pré-Olímpico em Split, cheguei a três conclusões: 1) Falta de outro chutador próximo ao Vitor (Didi Louzada); 2) Falta de jogador que pode continuamente romper (Raulzinho); 3) [Jogador] alto da posição três que evitaria 12 pontos de Benzing. Com isso, Brasil estaria próximo da medalha", postou no Twitter.
Petrovic só não nomeia o ala alto, mas fica claro ser Marquinhos, ex-Flamengo e agora fechado com o São Paulo, que decidiu se aposentar da seleção depois de ser convocado no grupo final que iria à Europa para o Pré-Olímpico. Ele cita nominalmente Didi Louzada, que vai jogar a NBA na próxima temporada e optou por se preparar, e Raulzinho Neto, que também está na NBA e pediu dispensa depois de uma longa temporada pelo Washington Wizards.
O pedido de dispensa de Didi já era esperado, mas não de Raulzinho e Marquinhos. No caso do armador, Petrovic chegou a comemorar, nas redes sociais, a eliminação do Wizards na NBA, pensando em contar com o jogador no Pré-Olímpico.
Em Split, Petrovic optou por não utilizar na final contra a Alemanha o ala-armador Georginho, que tem como características o chute de longa distância, como Didi, e a infiltração, como Raulzinho. Georginho não saiu do banco nem com a péssima atuação de Vitor Benite, que tentou 18 arremessos e acertou três.
Também hoje, Petrovic confirmou as informações de imprensa italiana de que fechou com o Pesaro, clube local, e levará com ele Leo Demétrio, que estava no Flamengo, e Bruno Caboclo, que vinha jogando na França. Mas fez isso sem dar nomes. "O clube que frequento (sic) aceitou com entusiasmo a ideia de continuar a trabalhar com a seleção brasileira. Junto comigo estão um técnico brasileiro e dois jogadores que espero que façam muito progresso trabalhando comigo no dia a dia", escreveu.
O croata tem contrato com o Brasil só até a Olimpíada de Tóquio, que a seleção não vai jogar, e discute renovação. A vontade dele é continuar com a seleção, mas trabalhando paralelamente em um clube. A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) acha uma boa ideia.
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