Etíope vence 1ª grande maratona da pandemia e perde título por tênis ilegal
Cerca de 26 mil pessoas largaram, ontem (12), para a primeira grande corrida internacional desde o início da pandemia do coronavírus, em março do ano passado. Com participantes de 126 países, em provas de diversas distâncias, a Maratona de Viena lotou as ruas da capital da Áustria e terminou com polêmica.
A prova principal originalmente foi vencida pelo etíope Derara Hurisa, que foi o primeiro a cruzar a linha de chegada, com o tempo de 2h09min22. Mas, cerca de 45 minutos depois, a organização informou que ele foi desclassificado pelo uso de um tênis irregular. É a primeira vez na história que algo assim acontece.
Para participar da corrida, os atletas de elite precisaram informar que modelo de calçado usariam. Hurisa, que é patrocinado pela Adidas, informou que calçaria um tênis (Adizero Adios Pro 2) que atende às regras do atletismo mundial, que limita as solas a 4 centímetros de espessura.
Mas, na prova, ele utilizou um calçado cuja sola tem 5 centímetros, o Adizero Prime X, que é comercializado pela Adidas, pode ser utilizado em treinamentos e por atletas amadores, mas é proibido para fins de competições oficiais. Originalmente lançado para estar nos pés de profissionais, esse modelo acabou banido pela World Athletics por oferecer vantagem excessiva aos atletas.
Com Hurisa desclassificado, a vitória ficou com Leonard Langat, do Quênia, que havia chegado três segundos depois do etíope. Na prova feminina, vitória da queniana Vibian Chepkirui. A prova não contou com brasileiros na elite.
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