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Que recorde olímpico durou mais tempo? E qual durou menos tempo?

O recorde olímpico do americano Bob Beamon no salto em distância, estabelecido na Cidade do México 1968, dura até hoje. - Getty Images
O recorde olímpico do americano Bob Beamon no salto em distância, estabelecido na Cidade do México 1968, dura até hoje. Imagem: Getty Images

28/07/2021 04h00

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Que recorde olímpico durou mais tempo? E qual durou menos tempo?
Pergunta de Nádia Pontes, de Bonn (Alemanha)

Cara "bonnense", o recorde olímpico que durou mais tempo é também o mais antigo ainda em vigor. Trata-se dos 8,90 m que garantiram o ouro no salto em distância ao americano Bob Beamon (atualmente com 74 anos) nos jogos da Cidade do México 1968.

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Na ocasião, ele bateu o recorde mundial por 55 cm e nem se deu conta direito na hora. É que o medidor instalado ao lado da caixa de areia não deu conta de medir o salto e os juízes tiveram que voltar ao sistema antigo de medição, com fitas métricas. A competição foi paralisada por 20 minutos, e houve checagem e rechecagem do salto até o anúncio oficial do feito, que fez Beamon desabar no chão de emoção.

O recorde olímpico de Beamon já dura quase 53 anos - foi estabelecido em outubro de 1968 - e, aparentemente, está longe de ser quebrado em Olimpíadas, embora já tenha sido superado uma única vez - e, por coincidência, em Tóquio, sede dos jogos de 2020. Foi no campeonato mundial de atletismo de 1991, quando o também americano Mike Powell assombrou o mundo ao saltar 8,95 m.

Respondendo a segunda pergunta, o recorde olímpico que durou menos tempo foi pulverizado em menos tempo do que você levou para ler esta frase - 1 segundo e 12 centésimos para ser mais preciso. Foi no pentatlo feminino de Munique 1972 que a alemã ocidental Heide Rosendahl teve esse gostinho que pouco durou.

Aconteceu assim: depois de disputar os 100 m com barreiras, o arremesso de peso, o salto em altura e o salto em distância, a alemã chegou à frente na disputa dos 200 m rasos, estabelecendo o recorde olímpico de 4.791 pontos. Só que 1'12 segundo depois, a britânica Mary Peters cruzou a linha de chegada em 6º e tirou o doce (e o recorde) da boca de Rosendahl ao somar 4.801 pontos. Na verdade, não deu nem tempo de a alemã ocidental se dar conta, na hora, de que tinha quebrado (e perdido) o recorde olímpico (e mundial).

Mas Rosendahl não teve motivos para lamentar. Nesta mesma edição dos jogos, disputados em casa, ela levou o ouro nos revezamento 4x100 m rasos (estabelecendo o recorde mundial) e no salto em distância (prova que ela disputou na condição de recordista mundial). Não à toa, foi eleita esportista alemã do ano em 1972.

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