Quais são os países mais dominantes em uma modalidade olímpica específica?
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Quais são os países mais dominantes em uma modalidade olímpica específica?
Pergunta de Leonardo Borrelli, de São Paulo (SP)
Medalha de ouro: Coréia do Sul no tiro com arco feminino
Nada se compara ao domínio das sul-coreanas no tiro com arco, caro paulistano. De Seul 1988, quando a modalidade entrou para o calendário olímpico, até o Rio 2016, elas levaram 16 ouros em 17 eventos, sendo nove individuais e oito por equipes (disputa que só estreou em Barcelona 1992).
A dinastia das atiradoras da Coreia do Sul é tão esmagadora que elas monopolizaram o pódio, com ouro, prata e bronze, duas vezes: em Seul 1988 e Sidney 2000. E somente duas vezes em nove Olimpíadas elas levaram apenas uma medalha no individual (ouro, obviamente): Atlanta 1996 e Londres 2012. A única vez que o ouro não veio, no individual em Beijing 2008, a prata e o bronze foram delas.
E não para por aí: embora no masculino o país não seja tão dominante, no Rio 2016 as coreanas e coreanos levaram todas as quatro medalhas de ouro em disputa. Até o fechamento deste texto, eles já haviam faturado três medalhas das cinco em disputa em Tóquio 2020. Foram campeões por equipes femininas, masculinas e mistas (estreando nesta edição). Faltam só as provas individuais para dominar as Olimpíadas mais uma vez.
Medalha de prata: China no tênis de mesa
No tênis de mesa, que estreou em Seul 1988, os chineses ganharam 28 dos 32 ouros disputados até o Rio 2016. Jogando em casa, em Beijing 2008, eles ganharam todas as medalhas em jogo possíveis: os pódios individuais feminino e masculino foram 100% chineses e eles também levaram o ouro por equipes feminina e masculina - só sobrou a prata e o bronze por equipes para os demais.
Por isso, a partir de Londres 2012 começou o limite de dois atletas por país, a fim de abrir espaço para alguém de outro país levar ao menos o bronze. O que não é tão garantido assim porque vários chineses representam outros países nos Jogos: no Rio 2016, 44 dos 172 mesa-tenistas tinham nascido na China.
Medalha de bronze 1: EUA no basquete
O terceiro lugar foi dividido entre dois países dominantes em uma modalidade: o primeiro vai para os inventores da bola ao cesto. Os Estados Unidos ganharam 15 ouros em 19 Olimpíadas no masculino e outros 8 ouros em 11 disputas no feminino. A única vez em que os EUA não levaram medalha arremessando a bola laranja foi em Moscou 1980, porque não participaram dos Jogos.
Medalha de bronze 2: Japão no judô
O segundo bronze da nossa lista vai para os japoneses, que inventaram o judô e cultivam a hegemonia olímpica do "caminho suave". Desde Tóquio 1964, quando a modalidade estreou no Jogos, até o Rio 2016, 50 judocas nipônicos levaram 84 medalhas para a terra do sol nascente. Neste mesmo período, em cada edição dos Jogos, pelo menos metade das categorias tiveram um medalhista japonês. Em Tóquio 2020, até a conclusão deste texto, o Japão já tinha faturado oito ouros entre 12 possíveis - e contando.
Outros bichos-papões
Algumas hegemonias mais recentes, mas não menos avassaladoras, merecem menção:
- Na natação artística (antigo nado sincronizado), a Rússia levou todos os ouros de Sidney 2000 até o Rio 2016;
- De Los Angeles 1984 ao Rio 2016, o Quênia ganhou todos os nove ouros nos 3.000 metros - além de mais 5 pratas e quatro bronzes, totalizando 18 medalhas em 27 possíveis;
- Na plataforma de 10 metros sincronizado, que estreou em Sidney 2000, a China ganhou o ouro em nove das dez provas até o Rio 2016.
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