Eu assisti o Brasil ganhar a final da Olimpíada de 1992 num hotel quando viajava com a seleção juvenil. Naquele dia, falei para mim mesmo: "Em quatro anos estarei neste time".
Jogar uma Olimpíada seria a coroação de uma carreira iniciada de um jeito inusitado. Eu era um grandão desengonçado na pré-adolescência. De tão descoordenado, quebrei a perna num lance tosco no futebol mesmo jogando de goleiro. Bati canela com canela numa saída do gol. Gordinho, ganhei ainda mais peso. No dia de tirar o gesso, o médico sugeriu praticar esporte.
Me aproveitei da altura e comecei no basquete e voleibol. Eu tinha 12 anos e ganhei força e coordenação muito rápido. Escolhi focar no voleibol e logo aquele grandão desengonçado era o melhor do colégio e de Brusque (SC), cidade em que nasci. Em dois anos eu estava fora de casa defendendo os times mais fortes do momento em Santa Catarina, Sadia e Frigorífico Chapecó.
Joguei muito o clássico do salame.