De olho no recorde

Skate e surfe podem fazer Time Brasil superar as 19 medalhas conquistadas na Rio-2016

Arthur Sandes e Rafael Valesi Do UOL, em São Paulo Tony Heff/World Surf League via Getty Images

Cinco anos após estabelecer novo recorde de medalhas em uma edição de Jogos Olímpicos, o Time Brasil chega a Tóquio tentando superar a marca de 19 pódios conquistados na Rio-2016. As chances são muito boas, graças também às novas modalidades do programa olímpico.

Os brasileiros estão entre os favoritos no skate e no surfe, dois esportes que passaram a fazer parte do programa olímpico nesta edição. De Gabriel Medina a Rayssa Leal, a Fadinha, é praticamente certo que as duas modalidades rendam pódios ao Brasil e façam a conta de medalhas aumentar. Dá até para imaginar dobradinhas ou quem sabe um pódio com três brasileiras no skate street.

Deve sair medalha brasileira também no vôlei, como já é tradicional em Olimpíadas —o país subiu ao pódio nas últimas sete edições. Também há favoritos espalhados pelo boxe, ginástica artística, natação e vela.

Abaixo o UOL Esporte lista as maiores chances de medalha do Brasil em Tóquio. A projeção do Comitê Olímpico do Brasil (COB) é de pelo menos 20 pódios, acima dos sete ouros, seis pratas e seis bronzes da edição do Rio de Janeiro.

Tony Heff/World Surf League via Getty Images
Reprodução

Gabriel Medina

Favorito não apenas ao pódio na estreia do surfe nos Jogos Olímpicos, mas também ao ouro. O bicampeão mundial (2014 e 2018) vive grande fase na WSL: é líder do ranking e fez cinco dos seis pódios desta temporada, sendo duas vitórias.

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Italo Ferreira

Ítalo Ferreira

Foi campeão mundial em 2019 e na atual WSL tem uma vitória e outros dois pódios em seis etapas. É o vice-líder do Mundial, atrás apenas de Medina, e a chance de os dois dividirem o pódio é real, pois os principais rivais vêm de lesões e são uma incógnita em Tóquio.

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divulgação / TNT

Pâmela Rosa

Foi campeã mundial de skate street em 2019, ficou com o quarto lugar neste ano e lidera o ranking mundial. Ganhou cinco dos oito eventos que valiam vaga em Tóquio e, aos 22 anos, é uma das favoritas ao ouro. A disputa está polarizada entre Brasil e Japão.

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Gaspar Nóbrega/COB

Rayssa Leal

Ela viralizou andando de skate com uma fantasia de fada, mas não se engane: a Fadinha está em Tóquio por uma medalha no street. Ela foi prata no Mundial de 2019, bronze no deste ano e aos 13 anos pode se tornar a medalhista mais jovem da história das Olimpíadas.

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Letícia Bufoni

Campeoníssima, ganhou tantas medalhas dos X-Games que foi até parar no Guinness Book. A conta aumentou na semana passada, com mais um título do street na competição. É difícil, mas não impossível que ela, Pâmela e Rayssa formem um pódio 100% brasileiro em Tóquio.

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Reprodução/Instagram

Luiz Francisco

O talento da nova geração do skate brasileiro completa 21 anos neste sábado (24), e a comemoração pode ser em Tóquio com medalha olímpica no park. Luizinho foi vice-campeão mundial há dois anos e é o terceiro do atual ranking mundial.

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Divulgação/CBS

Pedro Barros

Surgiu como fenômeno juvenil ao medalhar nos X-Games ainda aos 14 anos. Agora com 26, tem a carreira consolidada, um título mundial no park em 2018 e dois vice-campeonatos (2016 e 17). É o quarto colocado do ranking mundial, logo atrás de Luizinho, e tem tudo para brigar pelo pódio.

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Tatiana Weston-Webb

Nascida em Porto Alegre e criada no Havaí, é uma das forças da Brazilian Storm, a legião de brasileiros que vêm dominando o surfe mundial. Vive um de seus melhores momentos: quarta posição no ranking e vitória recente em Margaret River (AUS).

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Ágatha e Duda

A experiência de Ágatha (38 anos) e a juventude de Duda (fará 23 em Tóquio) forma a dupla que lidera o ranking mundial de vôlei de praia. Elas foram campeãs do Circuito Mundial em 2018, lideram o ranking atual e fizeram cinco pódios só em etapas deste ano.

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Divulgação/FIVB

Vôlei masculino

São quatro Olimpíadas e cinco Mundias seguidos com medalhas, além do título arrebatador na Liga das Nações deste ano. Bruninho, Wallace e Leal estão "voando" em quadra, sem contar o carisma de Douglas Souza, e o time de Renan Dal Zotto é candidatíssimo ao pódio.

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Divulgação/FIVB

Vôlei feminino

Apesar da inconstância desde a eliminação precoce na Rio-2016, a equipe chega ao Japão credenciada pelo vice-campeonato na Liga das Nações deste ano, além do histórico positivo em Jogos Olímpicos (foram duas medalhas de ouro obtidas em Pequim-2008 e Londres-2012).

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Reprodução/Instagram

Alison e Álvaro Filho

Alison busca sua terceira medalha olímpica, enquanto Álvaro estreia nos Jogos. A dupla formada neste ciclo olímpico passou por altos e baixos e não é favorita ao ouro, mas é a quinta do ranking mundial e tem totais condições de subir ao pódio.

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Phil Noble/Reuters

Futebol masculino

O primeiro tempo avassalador da vitória na estreia contra a Alemanha, ontem (22), foi um ótimo cartão de visitas. A seleção olímpica defende o ouro conquistado na Rio-2016 e, nome por nome, tem o elenco mais conhecido e badalado do torneio.

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Jonne Roriz/COB

Bruno Fratus

Vice-campeão mundial dos 50m livre em 2017 e 2019, é o nadador que mais vezes completou a prova abaixo dos 22 segundos na história (42 vezes). É favorito ao pódio em Tóquio, para superar a frustração das últimas duas Olimpíadas (foi quarto em Londres e sexto no Rio).

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Jonne Roriz/COB

Beatriz Ferreira

Campeã mundial do peso-leve feminino do boxe (até 60 kg) e do Pan de Lima, há dois anos, chega a Tóquio como favorita ao ouro e com moral após vencer suas principais rivais. Lidera o ranking mundial e disputa sua primeira Olimpíada.

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Daniel Varsano/COB

Martine e Kahena

O currículo da dupla é invejável na classe 49erFX. Entre inúmeras conquistas, Martine Grael e Kahena Kunze ostentam a dobradinha do ouro olímpico (Rio-2016) com o mundial (de 2014), com presença constante no pódio das principais competições.

Jonne Roriz/COB

Isaquias Queiroz

É difícil imaginar que Isaquias sairá de Tóquio sem ao menos uma medalha. Único brasileiro da história com três pódios em uma mesma edição, na Rio-2016, ele disputa duas provas no Japão: o C1 1000m, em que é o atual campeão mundial; e o C2 1000m, em dupla com Jacky Godmann.

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Reprodução/Instagram

Ana Marcela Cunha

Foi quem mais ganhou medalha na maratona aquática neste ciclo olímpico, vencendo quase todas as provas das quais participou. Ela tenta em Tóquio compensar a decepção na Rio-2016, quando teve problemas para se alimentar durante a prova e ficou longe dos primeiros lugares.

Gaspar Nóbrega/COB

Mayra Aguiar

Não dá para duvidar do poder de reação dela. Sete vezes medalhista em Mundiais de judô (dois ouros), e outras duas em Olimpíadas (ambas de bronze), Mayra disputa a categoria até 78kg menos de um ano após sofrer uma lesão séria no joelho esquerdo, que ameaçou sua presença em Tóquio.

Gaspar Nóbrega/COB

Rafael Silva

Medalhista olímpico duas vezes (dois bronzes), pode muito bem aumentar esta conta em Tóquio, na categoria dos pesados do judô. O sorteio do chaveamento ajudou: uma possível luta com a lenda francesa Teddy Riner só acontece nas semifinais, se ambos avançarem.

Wander Roberto/COB

Alison dos Santos

Ouro nos 400m com barreiras do Pan de 2019, ele é a grande promessa do atletismo brasileiro e vive franca evolução. Os rivais são rápidos e favoritos, mas Alison é dono do recorde sul-americano (47s34), que já é melhor do que o do ouro da Rio-2016 (47s73).

Reprodução/Instagram

Arthur Zanetti

Ouro em Londres-2012 e prata na Rio-2016, Zanetti pode fazer história em Tóquio: se subir ao pódio de novo, torna-se o primeiro da história a ter três medalhas olímpicas nas argolas. Ele está entre os favoritos, mas a disputa pelo ouro é acirrada.

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Reprodução / Internet

Arthur Nory

Considerado um ginasta completo e versátil, Nory tem medalhas internacionais importantes tanto no solo (bronze nos Jogos Olímpicos Rio-2016) quanto na barra fixa (título mundial em 2019). É candidato a subir no pódio em Tóquio, resta saber em qual especialidade.

Ricardo Bufolin / Panamerica Press / CBG

Rebeca Andrade

Após várias lesões graves, incluindo três cirurgias no joelho direito, ela finalmente tem a chance de brilhar na ginástica olímpica das Olimpíadas. Aos 22 anos, Rebeca tem boas chances de medalha principalmente no salto da Tóquio-2020.

Koki Nagahama/Getty Images

E ainda tem mais...

Estes são os brasileiros mais perto de uma medalha em Tóquio-2020, mas não são os únicos. O atletismo, por exemplo, tem duas brigas por medalha apertadas no revezamento 4x100m masculino e no arremesso de peso, em que Darlan Romani é candidato. O mesmo vale para outras duas duplas do vôlei de praia: Ana Patrícia e Rebecca no feminino e Bruno Schmidt e Evandro no masculino.

Já Thiago Braz, campeão olímpico no salto com vara da Rio-2016, vai ter de se superar para voltar ao pódio, pois teve um ciclo olímpico abaixo do esperado.

A seleção brasileira de Marta, Formiga e cia. também corre por fora no futebol feminino, compondo uma lista de "candidatos não favoritos" a medalha que tem também Henrique Avancini (ciclismo), Maria Suelen Altheman (judô), Marlon Zanotelli (hipismo), Milena Titoneli (taekwondo), Nathalie Moellhausen (esgrima) e até Robert Scheidt (vela), cinco vezes medalhista olímpico que voltou a crescer neste ano e ganhou medalhas em competições importantes.

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