Suécia e Canadá decidem amanhã (6) quem fica com a medalha de ouro no futebol feminino das Olimpíadas de Tóquio.
A seleção brasileira passou longe desta vez: caiu justamente para as canadenses nas quartas de final, nos pênaltis. É só a segunda vez em sete edições desde a inclusão da modalidade no programa olímpico em que o país não entra na briga por medalha. Além disso, é a terceira final consecutiva sem o Brasil no provável último suspiro de algumas jogadoras que formaram a geração que conquistou a prata em Pequim-2008, como Formiga — que já anunciou sua aposentadoria da seleção.
Tudo isso poderia indicar que o futebol feminino brasileiro vai ladeira abaixo em relação à competitividade, mas a visão de quem trabalha e acompanha o esporte no país e foi ouvido pelo UOL Esporte é que existe um caminho positivo sendo traçado com investimento e organização, além do trabalho da técnica Pia Sundhage.
A decisão da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) de manter a sueca no comando é pela certeza de que a Copa do Mundo de 2023 na Austrália e na Nova Zelândia e as Olimpíadas de 2024 em Paris podem traduzir melhor do que Tóquio-2020 o trabalho realizado ao longo dos últimos dois anos. É como no simbolismo da mensagem da Rainha Marta depois da eliminação: "não deixe o samba morrer".