Arne Ljungqvist, chefe do departamento médico do COI, defendeu a política "anti-agulha"
O COI (Comitê Olímpico Internacional) vai impor uma política de "anti-agulha", apelidade de “não agulha”, durante os Jogos Olímpicos de Londres em 2012. O objetivo é proibir que os atletas tenham seringas e outros equipamentos médicos que poderiam ser usadas para doping na concentração.
Arne Ljungqvist, chefe da comissão médica do COI, afirmou à Associated Pres que o material será proibido nas áreas de estar, vestiários, locais de treinamento e competição sem autorização médica.
“Não vamos aceitar equipamentos médicos, como seringas e agulhas em matéria de ambiente de jogo ou não-médicos”, disse Ljungqvist. “Isso dá uma imagem e mensagem ruim e o que pode se relacionar ao uso indevido de drogas e doping”.
As Federações Internacionais de Remo, Ciclismo e Ginásticas já adotaram essa política. O COI pretende enviar as novas regras para todos os Comitês Olímpicos Nacionais, que serão os responsáveis por fiscalizar suas equipes.
Os atletas e médicos terão que solicitar autorização para uso de agulhas ou injeções médicas. “Eles devem ser utilizadas apenas em circunstâncias médicas adequadas”, alertou Ljungqvist.
Além do potencial para doping, a presence de agulhas também representam um risco de saúde para limpeza e para o restante das pessoas ao redor. “Se você tem agulhas em cestas resíduos de papel, não é seguro. Elas não deveriam estar lá”, disse o chefe médico do COI.
Nos Campeonatos Mundiais e Olímpiadas passados, os responsáveis pela limpeza tem encontrado agulhas e seringas nas vilas dos atletas e outros alojamentos. “Isso é mto frequente. É comum e muito sério”, ressaltou Ljungqvist.
A Confederação Internacional de Ciclismo (CIC) instituiu uma política “anti-agulha” em Maio, que limita quando os ciclistas podem receber injeções e proíbe injeções de recuperação, aumento de vitaminas, enzima, açúcar ou aminoácidos.
A CIC afirmou que uma pesquisa sugeriu que o uso legítimos de agulhas podem “incentivar” o doping. Como punição caso os ciclistas desrespeitem as determinações da Confederação, os atletas podem ser suspensos por até seis meses e receber uma multa de US$ 116 mil. Enquanto isso, as equipes podem ser excluídas de corridas se uma injeção ilegal for feita.
Ljungqvist disse que as sanções para os Jogos Olímpicos ainda precisam ser finalizadas. A política “anti-agulha” é uma das peças do rigoroso programa anti-doping que está sendo estudado para os Jogos de Londres.
Segundo o chefe médico do COI, mais de cinco mil testes antidoping serão realizados, incluindo testes surpresas, fora de competição, urina e análise sanguíneas. Ljungqvist afirmou que cada vez mais o teste será baseado na inteligência.
O COI e as autoridade britânicas anti-doping vão compartilhar informações para interromper a importação de substâncias dopantes no país e alvos de qualquer atividade de doping antes e durante os jogos.
“Nós estamos trabalhando no conhecimento de onde as substâncias dopantes podem estar, com quem ou por quem”, disse Ljungqvist.
Enquanto, a Grã-Bretanha não tem uma política anti-doping específica, Ljungqvist disse que as autoridades estão trabalhando perto dos costumes e das autoridades. “Até agora parece satisfazer as nossas necessidades”, afirmou.
Se existir evidência ou suspeita de doping durante os Jogos, o COI espera que a polícia vá atrás dos culpados. “Onde não podemos agir, a polícia pode”, confidenciou Ljungqvist.
Nos Jogos de Inverno de Turim em 2006, a polícia italiana invadiu o alojamento da equipe austríaca de cross-country e biathlon e prendeu equipamentos de doping sanguíneo. Cinco atletas foram posteriormente banidos pelo COI por envolvimento no escândalo.