O presidente do Comitê Olímpico das Olímpíadas e Paraolimpíadas de Londres, Sebastian Coe, posa com o protótipo da tocha olímpica na estação St. Pancras
O clima de festa proporcionado pelos australianos nos Jogos de Sydney, em 2000, é visto como modelo pelos organizadores da Olimpíada de Londres, no próximo ano. Para o presidente do Comitê Olímpico de Londres, Sebastian Coe, "os estádios devem ficar cheios".
O bicampeão olímpico britânico nos 1.500 m em Moscou-1980 e Los Angeles-1984, hoje no lado político do esporte, afirmou que Sydney-2000 foi "o ápice de um evento esportivo". "A atmosfera de festa conduzida pelos atletas nas arenas de competição refletiram em toda a cidade", afirmou.
Mas nem tudo é festa para Coe. A competição na capital inglesa vem sofrendo ataques de políticos e críticas da mídia local, que acredita que os principais centros esportivos de atletismo do país, construídos para o evento, têm capacidade muito grande e podem, após os Jogos, penar com a falta de torcedores.
"Se tivermos um local maior, ele vai ficar cheio de fãs. Não dá dúvida sobre isso. Temos que fugir da ideia de que o atletismo não suporta fãs. É um esporte muito popular", defende.
Os organizadores dizem que não haverá elefantes brancos após os Jogos, uma vez que a "Legado de 2012" será entregue á cidade de Londres. Algumas das novas instalações serão reutilizadas na sua forma olímpica, enquanto que outras, incluindo os 80.000 lugares do Estádio Olímpico, serão reformados e reduzidos e vários serão transferidos para outros lugares da Grã Bretanha. Estes projetos são parte da regeneração do bairro de Stratford, no leste de Londres, que será o local do Parque Olímpico, e os bairros vizinhos do Lower Lea Valley.
O retorno do nadador Ian Thorpe à competição também anima Coe. "Ele possui habilidades fantásticas", opinou o presidente da organização. Para Coe, Thorpe inspirou toda uma geração de nadadores na Inglaterra.