Por que a Olimpíada seguirá chamando Tóquio-2020 mesmo em 2021
Se para os atletas adiar a Olimpíada de Tóquio significa rever todo o planejamento de treinos, seletivas e competições até a nova data, no que diz respeito aos bilhões investidos e que as marcas esperam de retorno com os jogos a ordem é: percam o menos dinheiro possível com a mudança.
Uma das formas de perder menos dinheiro, trabalho, divulgação e produtos, é a opção de manter o nome dos jogos como Tóquio-2020 mesmo com a competição sendo em 2021. O ano ao lado da cidade-sede é mais que uma referência temporal, é uma marca que está sendo usada desde que o local foi escolhido para sediar o evento, em 2013.
"Tóquio-2020, como Rio-2016 é uma marca que é patenteada, licenciada, com muito dinheiro e vem sendo usado por patrocinadores e licenciados há anos. O 2020, embora representasse o ano que os jogos fossem organizados, é maior que a referência ao tempo. É licenciada com contratos de patrocínios, todos os produtos licenciados e a mídia todos fazem referência. A marca é vendida e não dá para que no meio mudem para 2021. O ano vai mudar, mas marca não pode mudar", explicou José Colagrossi, diretor executivo do IBOPE Repucom, empresa de pesquisa de marketing esportivo e retorno de exposição das marcas em mídia.
Para Colagrossi, no final todos entenderam que a realização em 2020 causaria mais problemas ainda. "No final, se fossem realizados em 2020, a marca perderia, os jogos perderíam, o prestígio seria arranhado. Teríamos competições sem países, por exemplo".
"Temos a sinalização para a comunidade internacional de que o adiamento destes jogos, não altera os próximos, que vão manter seus ciclos olímpicos. Além de que seria impossível refazer todos os pontos de contato com marcas oficiais utilizadas por toda a comunidade internacional e com isso haveria um ambiente de ruído, com duas marcas circulando, o que geraria custos altos pois os obrigaria a se posicionar a respeito de como eles iriam sinalizar os jogos em seus produtos oficiais e todas as comunicações, levando muito do que já foi feito para o lixo", ressaltou Bruno Maia, CEO da Agência de Conteúdo 14, e especialista em negócios e novas tecnologias no esporte.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.