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Rayssa Leal conta o que a motivou: 'Mostrar que skate não é só para menino'

Rayssa Leal no Mundial de Skate Street em Roma - Reprodução
Rayssa Leal no Mundial de Skate Street em Roma Imagem: Reprodução

Colaboração para o UOL, em São Paulo

29/06/2021 11h58

Uma das representantes brasileiras na modalidade Street feminino do skate nos Jogos Olímpicos de Tóquio, Rayssa Leal, de apenas 13 anos, contou que mostrar que o esporte não é apenas para meninos tem sido sua grande motivação. A atleta é a caçula da delegação brasileira nas Olimpíadas.

Rayssa disse que só acreditou mesmo que iria defender o Brasil nos Jogos Olímpicos quando recebeu sua passagem para viajar ao Japão.

"Na hora que eu ganhei o tíquete, eu fiquei: 'Nossa, agora eu posso falar que estou nas Olimpíadas'. Tipo, agora é concreto, não tem como me tirar mais. Eu fiquei muito feliz, olhei para minha mãe, ela estava chorando e eu comecei a chorar também", declarou em entrevista à ESPN Brasil, exibida hoje no SportSCenter.

"[Depois do vídeo], foi uma super mudança que aconteceu. As marcas começaram a aparecer, os campeonatos começaram a aparecer e a minha família começou a me apoiar mais também. Eu ficava meio triste, mas queria mostrar para minha família que skate não é só coisa de menino. É como futebol. Futebol, muita gente acha que é só para menino, e eu queria mostrar que skate não é só para menino. Essa foi uma das motivações para evoluir mais", continuou.

Rayssa Leal ainda contou que se inspira em suas colegas de seleção brasileira, Letícia Buffoni e Pâmela Rosa para continuar evoluindo e disse como lida com o fato de, tão cedo, servir de inspiração para outras meninas escolherem o skate.

"Quando eu estava começando a evoluir, eu assistia aos vídeos delas [Letícia Buffoni e Pâmela Rosa]. Isso me motivava a não querer parar de andar de skate, a querer evoluir para ser tipo elas no futuro. E está acontecendo", disse Rayssa Leal.

"Eu vejo que muitas meninas falam que eu as inspirei a começar a andar de skate e mostra meu vídeo para os pais para dizer que querem ser como eu. Eu falo: 'Não, você não vai ser igual, vai ser melhor'. Eu quero inspirar essas meninas a começar e continuar no skate", completou.