Pedro Bassan quer ser os olhos brasileiros em Tóquio na sua 7ª Olimpíada
Repórter da TV Globo há 24 anos, Pedro Bassan (49) está embarcando para sua sétima Olimpíada e, mesmo assim, o frio na barriga segue presente. Nos Jogos de Tóquio, o contexto é completamente diferente de todos os outros por causa da pandemia e, com isso, o jornalista pretende ser uma espécie de representante dos brasileiros no Japão.
"Eu serei muito honesto e digno com o trabalho dos atletas, porque é a vida deles. Eles deram o melhor de si. Eles estão se cuidando, treinando bastante mesmo com a pandemia de coronavírus. A gente tem que ter muito respeito pelo trabalho deles. Quero ser olhos e coração da torcida perto deles, já que não vai ter ninguém de fora. Acho que esse senso de justiça temos que levar sempre", destacou Bassan ao UOL Esporte.
A ausência da torcida não é a única medida tomada pelo governo japonês para evitar a propagação do coronavírus. Todas as pessoas envolvidas na Olimpíada terão de cumprir um protocolo rigoroso, que começa antes da chegada a Tóquio.
"A grande diferença em relação aos outros Jogos é que a gente tem que tomar muito cuidado com os protocolos todos. Isso consumiu dias da nossa preparação: reuniões que a gente fez do grupo todo... Formulários que tivemos que preencher do governo japonês e do comitê organizador, exames de PCR", explicou o repórter.
"O pessoal que já chegou lá contou que os trâmites no aeroporto, no dia da chegada, estão levando de cinco a seis horas pelo menos. Tem que ter muita paciência. Essa está sendo a nossa maior preocupação, porque todos os protocolos são muito rigorosos. Mesmo acostumados com as recomendações, é um outro nível de alerta que temos que atender", acrescentou.
Mesmo com experiência de sete Olimpíadas in loco, com direito a premiação do COI após a Rio-2016, Pedro Bassan afirmou que, desta vez, está levando mais interrogações do que respostas na bagagem.
"Numa cobertura olímpica, a falta de contato pode interferir. A gente não vai entrar nas áreas do Brasil. A falta de contato com os atletas e todo o cuidado vai ser diferente de tudo. Não sei como vão transcorrer os Jogos. Não sei como está o ânimo das pessoas. Estamos indo para cobrir o que a gente encontrar. São os Jogos com o maior ponto de interrogação que eu estou indo de todos que já fui", falou Bassan.
Por fim, o repórter "voltou ao tempo" para dar um conselho ao Pedro Bassan de 1996, ano em que teve a primeira oportunidade de cobrir uma Olimpíada.
"Eu diria para ele descansar bastante antes de ir, porque quando chega lá o trabalho é 'punk'. A gente dorme muito pouco. É uma cobertura mais intensa do que Copa... Copa são os jogos, uma modalidade. Mesmo sendo um período mais longo, é mais pausado. Olimpíada não tem ritmo, toda a hora tem alguém quebrando o recorde, fazendo algo incrível, uma super história para contar... A gente vai de lá para cá, dali para lá. A gente dorme muito pouco, come do jeito que dá e trabalha muito", concluiu.
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