Boxeadora olímpica, Bia relembra dor de barriga em luta: "caga, mas ganha"

Uma luta de boxe é um evento que gera muito estresse em quem está no ringue. O que a pugilista Bia Ferreira não esperava era ter de enfrentar calafrios por causa de uma dor de barriga inesperada antes de um confronto.

Tida como uma das favoritas ao pódio na categoria 60kg na Olimpíada de Tóquio, a boxeadora baiana, radicada em Juiz de Fora, relembrou o dia em que teve um desarranjo intestinal em plena luta.

"No aquecimento, eu falei com meu técnico que estava com dor de barriga. Fui ao banheiro e nada aconteceu. Quando começou a luta contra os Estados Unidos, pensei que era uma dor psicológica. Mas aí comecei a sentir calafrios. Aí eu fiquei toda travada. Se fizesse força?", disse Bia em entrevista ao Canal Olímpico do Brasil, sem dizer em que competição o episódio aconteceu.

No intervalo do primeiro para o segundo round, Bia ouviu do treinador a frase que a faria tomar coragem. "Não quero saber [da dor]. Caga, mas ganha", resumiu o técnico.

"Recomeçou a luta, mandei um direto com toda a força que eu tinha. Foi dito e certo", recordou a lutadora. O resultado? Ela se borrou toda, claro, mas os dois shorts que vestia impediram que o ringue ficasse sujo. Mas havia outro problema.

"Eu não podia ficar parada por conta do cheiro. Nunca corri tanto no ringue. Virei chacota no campeonato inteiro. Caga, mas ganha. Pelo menos ganhei o torneio. O que é um peido para quem está cagado?", finalizou, às gargalhadas a boxeadora, campeã mundial e pan-americana.