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Ketleyn Quadros e Bruninho serão os porta-bandeiras do Brasil na Olimpíada

Ketleyn Quadros e Bruninho serão os porta-bandeiras do Brasil na Olimpíada de Tóquio - Reprodução/Divulgação/COB
Ketleyn Quadros e Bruninho serão os porta-bandeiras do Brasil na Olimpíada de Tóquio Imagem: Reprodução/Divulgação/COB

Colaboração para o UOL, em São Paulo

16/07/2021 21h18

A expectativa para saber quem seria o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura da Olimpíada de Tóquio acabou na noite desta sexta-feira (16). O COB (Comitê Olímpico do Brasil) revelou que Ketleyn Quadros será a primeira mulher judoca a empunhar a bandeira. Ela estará ao lado do levantador Bruninho. Os dois serão os representantes do Brasil em um desfile de nações diferente, por causa das restrições sanitárias forçadas pela pandemia.

Brasiliense, Ketleyn Quadros entrou para a história do esporte brasileiro nos Jogos Olímpicos de 2008. Na Olimpíada de Pequim, ela se tornou a primeira mulher do país a conquistar medalha em uma categoria individual. A judoca ficou com o bronze na categoria leve, após vencer a australiana Maria Pekli.

"Eu fico me emocionando o tempo inteiro. As conquistas são consequências de quem acredita, de quem constrói apesar das adversidades, de muita dedicação, de muito treinamento, do trabalho de muitas pessoas. Eu olho pra minha carreira e vejo que não ter participado dos últimos dois Jogos Olímpicos me ajudou a crescer, a evoluir e a estar aqui. Sou muito grata e me sinto privilegiada por representar cada um dos brasileiros sendo porta-bandeira", disse Ketleyn, que possui 33 medalhas em eventos do Circuito Mundial da Federação Internacional de Judô.

"Nascido" em uma quadra de vôlei, o levantador da seleção masculina, Bruno Rezende, é filho da ex-jogadora Vera Mossa e do ex-técnico da seleção masculina Bernardinho. Dono de três medalhas olímpicas, com direito a ser capitão na campanha do ouro na Rio 2016. Ele será o primeiro representante do vôlei a ter essa distinção —Sandra Pires, do vôlei de praia, foi porta-bandeiras em Sydney-2000.

"Sou um mero representante do que o vôlei significa não só para o esporte, como para o povo brasileiro. Os valores que gerações anteriores deixaram de dedicação, de luta, de garra, de superação é o que levo e me sinto muito honrado. Ser o primeiro é motivo de muito orgulho e fruto desse legado. Sintam-se todos representados. Depois que soube, contei apenas para algumas pessoas muito próximas, entre eles meu pai, uma pessoa que sempre guiou, que foi muito importante na minha carreira, primeiro como jogador, fazendo parte de uma geração pioneira, depois como técnico da geração mais vitoriosa história, que culminou com o ouro olímpico da superação. Representar a todos no maior momento do esporte mundial, eu não sei nem o que dizer, só na hora que vamos sentir na pele essa emoção e será um momento muito marcante", disse Bruninho.

A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos será realizada às 8h (de Brasília) desta sexta-feira (23), no Estádio Olímpico de Tóquio. Por causa das restrições pela pandemia, a festa não terá público. Nas arquibancadas devem aparecer apenas representantes da organização, do Comitê Olímpico Internacional, de patrocinadores e autoridades internacionais. Segundo o jornal japonês Asahi Shimbum, cerca de 10.000 pessoas estarão presentes.

Sobre o desfile dos atletas, o número deverá ser muito menor do que em anos anteriores. Primeiro, porque os atletas passam menos tempo na sede olímpica do que o habitual —as ordens são chegar em cima da hora para as competições, para evitar risco de contágio. Além disso, também pelo risco de aglomerações, os países devem restringir muito quem estará autorizado a comparecer no evento.

As Olimpíadas terão transmissão da Globo na TV aberta, além de SporTV e BandSports nos canais fechados. As competições estão previstas para acontecer até o dia 8 de agosto.

Historicamente, a bandeira brasileira foi carregada por nomes como Adhemar Ferreira da Silva, Joaquim Cruz, Sandra Pires e, na edição dos Jogos no Rio de Janeiro por Yane Marques, do pentatlo moderno.