Yane, Torben e João do Pulo: quem foi porta-bandeira do Brasil em Olimpíada
Carregar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura das Olimpíadas é uma honra que poucos atletas puderam ter em suas carreiras. Na edição de Tóquio, cuja cerimônia de abertura será realizada na sexta (23), a partir das 8h (de Brasília), pela primeira vez na história, haverá uma dupla para carregar a bandeira brasileira: a judoca Ketleyn Quadros terá a companhia do levantador Bruno Rezende durante a condução do estandarte brasileiro. Mas você sabe quem foram os outros atletas responsáveis por carregar a bandeira nacional nas outras edições dos Jogos Olímpicos?
Antuérpia - 1920
Responsável por dar ao Brasil sua primeira medalha de ouro olímpica, Guilherme Paraense, do tiro esportivo, foi também o primeiro porta-bandeira do Brasil em Jogos Olímpicos.
Paris - 1924
Os Jogos na cidade parisiense marcaram o início da hegemonia do atletismo quando o assunto é empunhar a bandeira nas cerimônias olímpicas. Alfredo Gomes, que no ano seguinte ganharia a São Silvestre, foi o porta-bandeira naquela edição.
Los Angeles - 1932
Depois de ficar fora dos Jogos de Amsterdã, em 1928, o Brasil voltou a disputar uma Olimpíada em 1932, na cidade americana de Los Angeles. Antonio Pereira Lira, do arremesso de peso, foi o responsável por carregar a bandeira nacional naquela edição.
Berlim - 1936
O Comitê Olímpico do Brasil registra que quem empunhou a bandeira brasileira foi Sylvio de Magalhães Padilha, do atletismo. Mas a família de Padilha diz que quem permaneceu como porta-bandeira foi Antonio Pereira Lira, o mesmo que carregou a bandeira em Los Angeles, em 1932. "Este é um erro histórico que já avisei. Meu avô sequer desfilou em Berlim", afirma o advogado Alberto Murray, neto de Padilha. A reportagem entrou em contato com o COB questionando sobre o assunto e essa matéria será atualizada quando se pronunciarem.
Londres - 1948
Depois do hiato provocado pela guerra, os Jogos Olímpicos retornaram em Londres, em 1948. Sylvio de Magalhães Padilha foi o porta-bandeira da delegação brasileira. Padilha não era mais atleta e carregou o pavilhão brasileiro como chefe de missão. Anos depois, Padilha foi eleito presidente do COB.
Helsinque - 1952
O agraciado durante a competição na Finlândia foi o jogador da seleção masculina de basquete Mário Jorge da Fonseca Hermes. A equipe havia conquistado no ano anterior o ouro no Pan-Americano de Buenos Aires. Era o prenúncio da era mais vitoriosa do basquete brasileiro.
Melbourne - 1956
O basquete seria mais uma vez o esporte representado pelo Brasil na abertura de uma Olimpíada. Em Melbourne, na Austrália, em 1956, quem empunhou a bandeira brasileira foi o jogador Wilson Bombarda.
Roma - 1960
Bicampeão olímpico no salto triplo em 1952 e 1956, Adhemar Ferreira da Silva foi o porta-bandeira da delegação brasileira na Olimpíada de Roma, em 1960, como homenagem por suas conquistas históricas.
Tóquio - 1964
Com o basquete brasileiro vivendo seu auge, com direito ao bicampeonato mundial, Wlamir Marques foi escolhido para representar o esporte na cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio, em 1964, na primeira vez em que a Olimpíada foi para o Japão.
Cidade do México - 1968
Para carregar a bandeira brasileira na Olimpíada da Cidade do México, em 1968, foi escolhido o nadador João Gonçalves Filho. Ele participou de cinco edições dos Jogos Olímpicos: três como jogador de polo aquático (1960, 1964, 1968) e duas como nadador (1952 e 1956).
Munique - 1972
O basquete brasileiro voltaria a ser escolhido para representar o Brasil em uma cerimônia de abertura, agora em Munique, na Alemanha. A honra coube a Luiz Cláudio Menon, campeão mundial em 1963 e medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Cáli, na Colômbia, em 1971.
Montreal - 1976
Impulsionado pelo espetacular desempenho no Pan-Americano do México, no ano anterior, quando bateu o recorde mundial do salto triplo, João Carlos de Oliveira, o João do Pulo, foi homenageado com a escolha como porta-bandeira na cerimônia de abertura dos Jogos de Montreal, no Canadá. Com o bronze conquistado em solo canadense, João do Pulo repetiu a honra e também desfilou com a bandeira brasileira em Moscou-1980.
Los Angeles - 1984
Aproveitando o crescimento da vela, que passaria a ter cada vez mais importância nos resultados nacionais, o escolhido para ser o porta-bandeira foi Eduardo Souza Ramos.
Seul - 1988
Atleta da seleção brasileira de judô entre 1976 e 1988, Walter Carmona foi bronze quatro anos antes e, assim, escolhido para desfilar com o pavilhão brasileiro em Seul.
Barcelona - 1992
Após surpreender o mundo e levar a medalha de ouro em 1988, a escolha do porta-bandeira para a cerimônia de abertura era óbvia: só poderia ser o judoca Aurélio Miguel.
Atlanta - 1996
Aos 33 anos, Joaquim Cruz foi escolhido para carregar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos de Atlanta, em 1996, por causa do seu histórico vitorioso: ouro em Los Angeles-1984 e prata em Seul-1988 nos 800 m rasos. Era o atletismo voltando a aparecer como destaque da delegação nacional.
Sydney - 2000
Em 1996, ao lado de Jaqueline Silva, Sandra Pires conquistou a primeira medalha de ouro feminina em uma Olimpíada para o Brasil. Quatro anos mais tarde, coube a ela honra de ser a porta-bandeira do país.
Atenas - 2004
Torben Grael chegou a Atenas com quatro medalhas em sua história nas Olimpíadas. Naquele ano, ele levaria mais um ouro, mas antes foi responsável por carregar a bandeira brasileira na cerimônia de abertura.
Pequim - 2008
A vela continuaria sendo homenageada na cerimônia de abertura olímpica. Desta vez, o escolhido para empunhar a bandeira foi Robert Scheidt, que até então já havia conquistado o ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004 e uma prata em Sydney-2000.
Londres - 2012
Outro destaque individual foi escolhido como representante da delegação brasileira. Só que desta vez de um esporte pouco habitual aos brasileiros. Coube ao cavaleiro Rodrigo Pessoa a honra de carregar a bandeira.
Rio de Janeiro - 2016
Novamente uma mulher foi escolhida para a honraria. Medalha de bronze no pentatlo em Londres, Yane Marques foi a porta-bandeira do Brasil na única Olimpíada disputada em solo nacional na história do evento.
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