Medina diz que sem Yasmin não vai estar 100% nas Olimpíadas
O surfista Gabriel Medina ainda não engoliu o fato de o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) vetar a ida de sua mulher, a modelo Yasmin Brunet, para acompanhá-lo como estafe nos Jogos Olímpicos de Tóquio. No embarque para o Japão, na madrugada de hoje (18), Medina disse que sem Yasmin não estará 100% nas Olimpíadas.
"É chato, não estou indo 100%. É ela quem me dá força e eu gosto de estar junto dela", disse Medina ao UOL Esporte um pouco antes da viagem.
Yasmin acompanhou no aeroporto de Guarulhos a partida de Medina para o Japão e minimizou a declaração do surfista. "Ele vai estar 100%, com certeza absoluta".
"É o melhor ano dele, ele nunca teve um início de ano tão bom. Tudo está dando certo para ele conseguir esse ouro e para ele ser tricampeão (mundial de surfe) esse ano", completou Yasmin.
O surfe estreia como modalidade olímpica no Japão e Medina é favorito a ganhar uma medalha. Na temporada do WSL, o Circuito Mundial de Surfe, o brasileiro lidera com folgas. Das seis etapas disputadas até agora, Medina ganhou duas e ficou em segundo lugar em outras três.
Entenda a briga entre Medina e COB
No mês passado o COB vetou o credenciamento de Yasmin como oficial técnico do surfe nas Olimpíadas de Tóquio. Diferentemente da maior parte das modalidades, a Confederação Brasileira de Surfe (CBSurfe) não indicou profissionais de comissão multidisciplinar ao COB, deixando que cada atleta escolhesse uma pessoa para ser credenciada.
Medina havia indicado o técnico australiano Andy King e a esposa, Yasmin Brunet, mas, por conta das restrições causadas pela covid-19, o número de possibilidades caiu de duas para um. Ele então solicitou que King fosse descredenciado e Yasmin convocada em seu lugar. Mas o pedido foi rejeitado pelo COB.
O comitê explicou a situação e afirmou que "o credenciado tem que ser um profissional que tenha ligação com a modalidade". O COB também disse que havia acordado com o surfista que seu auxiliar credenciado seria King.
Já o Olhar Olímpico mostrou que a entidade aceitou credenciar como treinador para as Olimpíadas, de última hora, o marido da atleta de lançamento de disco Andressa Morais, Everton Luiz Ribeiro. Ele não é técnico principal dela, posto ocupado pelo cubano Julian Meija, que é contratado pela CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo).
Medina e Yasmin criticaram muito o COB nas últimas semanas, falando em "descaso" e que a decisão do comitê "foi pessoal".
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