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Janeth: 'Jogamos tudo que tínhamos que jogar em Atlanta [1996]'

Janeth (no centro) em quadra pela seleção feminina de basquete  - Reprodução/LBF
Janeth (no centro) em quadra pela seleção feminina de basquete Imagem: Reprodução/LBF

Do UOL, em São Paulo

20/07/2021 18h19

Fora das Olimpíadas de Tóquio 2020, a seleção brasileira já viveu momentos grandiosos na competição. Em Atlanta, 1996, o time tinha nomes de peso como Janeth, Magic Paula, Leila e Hortência, e por muito pouco não beliscou o ouro em uma final disputadíssima contra os Estados Unidos.

"Atlanta foi o momento que a gente jogou muito, jogou tudo que podia jogar contra os Estados Unidos, e elas foram melhores depois, no segundo tempo, e foi aí que conseguiram vencer. Mas temos também uns perrengues para poder chegar até a final, mesmo sendo uma das seleções favoritas", relembra Janeth, em entrevista concedida em um evento promovido pela NBA House.

O clima era favorável para uma grande campanha. Muito bem em quadra, o Brasil passou pelas seleções do Canadá, Rússia, Japão, China e Itália na primeira fase, e conseguiu superar Cuba nas quartas de final. Nas semis, deixou a Ucrânia para trás, e se credenciou para enfrentar o todo-poderoso Estados Unidos na decisão.

Mesmo com grande atuação de Hortência, que havia dado à luz recentemente, e da própria Janeth, a equipe não conseguiu segurar o ímpeto norte-americano e ficou com a prata.

"A gente chegou com uma moral muito grande. Ter sido campeã mundial, não era para qualquer seleção. E a gente vinha em uma crescente desde 1987, 1991. E aí veio 1994 e 1996, nós éramos o olhar de todas as equipes, técnicos, estávamos muito bem, a geração dos anos 1990 para nós foi excelente. Tivemos a felicidade da Hortência estar voltando depois de ter tido o filho dela, João Vitor, e conseguimos com ela a medalha, antes de encerrar a carreira", conta.

A veterana, que atuou no Houston Comets, da WNBA, dá dicas para a disputa de um torneio de tão grande magnitude: foco.

"Quando você está nos Jogos Olímpicos, na Vila Olímpica, a concentração é totalmente diferente. Tem muitas atletas, muitas pessoas, gente falando aqui e ali, você tem que estar muito concentrada no que quer e no que foi buscar, e a seleção estava naquele momento".