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Medina testa 12 pranchas antes da estreia nas Olimpíadas de Tóquio

Do UOL

Em São Paulo

21/07/2021 16h19

O surfista Gabriel Medina, esperança de medalha para surf brasileiro na estreia da modalidade nas Olimpíadas de Tóquio, já entrou no mar no litoral japonês, nesta quarta-feira (21). Ele aproveitou o treino para testar as 12 pranchas que levou para a competição.

Por enquanto, as ondas não estão altas, mas a expectativa é que as condições do mar mudem nas provas, que começam no sábado na praia de Tsurigasaki.

"Aqui eu trouxe 12 pranchas, tenho testado todas elas. O mar tem estado bem pequeno, mas para o campeonato, parece que vai entrar onda. Então isso dá um ânimo a mais. Eu acho nada mais justo que ter ondas nas primeiras Olimpíadas. Eu imagino que se fosse uma marola seria meio ruim. Não é a imagem que o surf quer realmente. Fico feliz que está entrando onda, vai ter onda. Então acho que vai ser uma competição bem legal. Estou animado", disse o surfista em entrevista ao Canal Olímpico do Comitê Olímpico Brasileiro.

Medina afirmou ainda que ´'é um sonho realizado" poder competir nas Olimpíadas. "Fico feliz de estar aqui, fazendo parte do time. Finalmente o surf está fazendo parte das Olimpíadas. As Olimpíadas são o maior palco do esporte, onde você encontra os melhores do mundo. Então sou grato pela oportunidade. Agora é aproveitar."

Tatiana Weston-Webb disse que, apesar das condições do mar ainda não estarem apropriadas para as competições de surf, gostou dos primeiros testes na água.

"Gostei de surfar aqui. Por enquanto, a água está muito fresca, está muito boa. As ondas não estão incríveis por enquanto, mas vai vir um 'swell' [vento]. E isso para gente é super incrível porque normalmente as condições estão assim, [com] ondas pequenas aqui. Mas graças a Deus que vai vir um swell bem bom para gente. Então, eu não vejo a hora de ver esse swell entrar e formar ondas boas."

Silvana Lima também espera melhora nas condições climáticas para a competição, mas diz estar preparada para qualquer tipo de mar. "A gente já está acostumada competir vários tipos de mar. A gente está esperando que esse tufão de uma melhorada nas ondas. Até lá tem muita coisa para acontecer ainda. Acho que a gente pode dar uma luz ainda de ondas melhores", disse, se referindo à tempestade In-Fa, que deve trazer chuva para o Japão ainda nesta semana.

A tempestade, diz Ítalo Ferreira, pode não melhorar a condição do mar. A estratégia dele é confiar na própria preparação e nos equipamentos para enfrentar qualquer condição climática. "Eu acredito que [a condição do mar na competição] será bem diferente do que a gente está surfando hoje pelo fato de ter uma tempestade. Isso pode trazer onda, como pode não trazer, pode ter muito vento, pode estar perfeito. Ou seja, é difícil de falar, mas eu acredito que estou preparado para qualquer condição".

"Eu tenho equipamentos bons, que me dão confiança, e essa praia que tem muito espaço, ou seja, você tem muita oportunidade. Se tiver onda, vai ser incrível porque você consegue pegar muitas ondas em pouco tempo e isso faz com que você consiga botar boas notas e só surfar, não se preocupar com os adversários, que é o que eu tento fazer nas baterias", declarou Ítalo Ferreira, outro forte candidato ao pódio nestas Olimpíadas.

Nesta quarta-feira, além do reconhecimento no mar, os atletas do Time Brasil de surfe fizeram treinos físicos e fisioterapia no hotel reservado para a equipe. As competições de surfe estão previstas para começar no sábado (24). Se as condições climáticas permitirem, as baterias começam às 19h (de Brasília) na praia de Tsurigasaki. As finais estão agendadas para a terça-feira (27), a partir das 20h. Se houver imprevistos nas condições do mar, há uma janela de mais quatro dias para a competição ser realizada.

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