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Na véspera da abertura, Tóquio tem aglomerações em feriado prolongado

Tóquio teve pontos de grande movimentação na véspera da abertura das Olimpíadas - Juliana Sayuri/UOL
Tóquio teve pontos de grande movimentação na véspera da abertura das Olimpíadas Imagem: Juliana Sayuri/UOL

Juliana Sayuri

Colaboração para o UOL, em Tóquio

22/07/2021 17h38

Sob sol forte e máxima de 34º, estações e ruas de Tóquio ficaram movimentadas na véspera da cerimônia de abertura das Olimpíadas. Também foi o início de um feriado nacional prolongado - ontem o Japão celebrou o Dia da Marinha e hoje, o Dia do Esporte.

Apesar do estado de emergência por conta da pandemia, que registrou 1.979 novos casos nas últimas 24 horas na cidade (o maior número desde janeiro), pontos como a estação de Tóquio e as ruas do distrito de Shinjuku continuavam agitados entre chegadas e partidas. "É verão, está quente e ninguém quer ficar em casa", comentou uma passageira, antes de embarcar num trem-bala. "Todo mundo está indo para algum lugar."

Com 37 milhões de habitantes, a região metropolitana de Tóquio é a mais populosa do mundo. E as aglomerações não diminuíram conforme o esperado com o atual estado de emergência, o quarto imposto à capital desde o início da pandemia.

Segundo dados de geolocalização de smartphones de uma unidade da telefônica SoftBank, o estado de emergência não diminuiu o fluxo nas estações de Tóquio e Shibuya. Num trem expresso, de tempos em tempos uma voz lembra no alto-falante as diretrizes para prevenir infecções.

Mesmo aglomerados, os japoneses estavam usando máscaras, a maioria corretamente.

Especialistas já vem alertando para o risco de outra onda de covid-19 diante do alto número de novos casos, principalmente com a variante delta. "Cuidado extra é necessário, outros feriados já foram relacionados ao aumento de infecções", declarou o médico Takaji Wakita às agências de notícias, ao fim de uma reunião do painel de especialistas do governo japonês nesta semana.

O médico Shigeru Omi, que lidera o painel, também sugeriu que as autoridades pedissem às pessoas para evitar viagens para fora de suas cidades. "As pessoas se acostumaram com estados de emergência e as medidas para restringir ações e movimentos se tornaram cada vez menos efetivas."