Irmãos japoneses do judô conquistam duplo ouro inédito nas Olimpíadas
Os atletas costumam dizer que as delegações são grandes famílias, mas nada como a história de Uta e Hifumi Abe. Os irmãos que conquistaram o ouro no Mundial de judô em Baku, em 2018, na categoria meio-leve, repetiram a dupla vitória de maneira inédita, mas agora em casa, nas Olimpíadas.
Uta, a irmã mais nova, chegou aos Jogos como campeã mundial. E faturou o ouro, em disputa emocionante contra a francesa Amandine Bouchard, com imobilização no golden score. De estilo mais emotivo, diferente de seus compatriotas, a japonesa se solta depois das lutas, com direito a choro depois das vitórias. Logo depois da vitória de Uta, foi a vez de Hifumi derrotar o georgiano Vazha Margvelashvili.
A pandemia de coronavírus adiou a decisão que seria no Campeonato Japonês de judô, e acabou virando uma inédita e única luta pela vaga olímpica. A Federação decidiu marcar o confronto entre Hifumi e Joshiro Maruyama, e a vitória do irmão de Uta deixou em aberto o sonho da família Abe.
"Meu alvo, mais do que vencer títulos consecutivos, era vencer como irmão e irmã. Desde que minha irmã mais nova venceu, eu me senti ainda mais pressionado a vencer também. Agora eu posso oficialmente dizer que estou na briga por uma medalha de ouro com a minha irmã nas Olimpíadas. Como irmão mais velho, não posso me permitir perder", brincou Hifumi após o waza-ari no golden score de mais de 20 minutos.
Agora campeão olímpico, Hifumi falou pelos dois e destacou a confiança que os irmãos carregavam para alcançar este objetivo:
"Acho que posso falar por nós. Sempre tivemos grande determinação, acreditamos em nós e acreditamos que éramos capazes de ganhar a medalha de ouro".
Tóquio pode repetir dose de ouro de irmãos
Uta começou a lutar aos cinco anos e se apaixonou pela primeira vista pelo judô. Aos 15, ela já era a campeã mais jovem do Grand Prix, em Dusseldorf. Três anos mais tarde, venceu a compatriota Ai Shishime na final para se tornar campeã mundial, em Baku.
Já Hifumi, que é três anos mais velho, começou com seis anos após assistir lutas na televisão. Ele também teve uma carreira de glórias logo jovem: em 2014, se tornou o campeão mais jovem do Grand Slam, o primeiro dos nove que venceu, além dos dois títulos mundiais.
Em Tóquio, onde conquistaram o ouro olímpico, sempre foi especial para os irmãos: foi a primeira vez em que subiram juntos ao pódio, em 2017. Isso se repetiria no Mundial de Baku, em 2018, e no Grand Slam de Dusseldorf, em 2020.
"Competir nas Olimpíadas em Tóquio é uma oportunidade única, o sonho de uma vida inteira. Eu espero ter uma performance que todos se recordem sempre", disse Uta ao Olympic Channel.
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