Medina encerra participação olímpica em meio a polêmicas com arbitragem
Um dos grandes favoritos à conquista da medalha de ouro, Gabriel Medina foi derrotado por Kanoa Igarashi na semifinal do surfe masculino nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O brasileiro liderava a prova até pouco menos de dez minutos para o fim da prova. Nesse momento, o japonês encaixou bela manobra e recebeu nota alta o suficiente para assumir a liderança. A avaliação foi decisiva e gerou muita polêmica entre os amantes da modalidade.
Para se ter uma ideia, os próprios juízes discordaram bastante na avaliação. No total, cinco árbitros dão notas para cada onda surfada. A melhor e a pior são descartadas e é feita uma média com as três restantes. As duas melhores ondas são somadas e estabelecem a pontuação final de cada surfista.
No caso da onda que garantiu a vitória de Igarashi, duas notas dariam a vitória para Medina e três para o japonês. A avaliação mais alta foi de 9,8, aplicada pelo neozelandês Daniel Kosoof. A mais baixa foi do português Nuno Valério Trigo: 7,5. Havia um brasileiro entre os jurados. Luiz Pereira deu nota 9,0 para o dono da casa. As outras duas foram iguais: 9,5, dadas pelo australiano Benjamin Lowe e o francês Bruno Truch.
De acordo com a regra, as noras 9,8 e 7,5 foram descartadas. As demais foram contabilizadas e geraram uma média de 9,33, suficiente para que Igarashi ultrapassasse o brasileiro por 76 décimos.
"É triste quando isso acontece. Muita gente mandou mensagem. É difícil passar o ano treinando e se esforçando, chegando nisso. A minha parte, eu fiz. Agora é continuar trabalhando. Tem coisas que não dá para entender, mas é assim. Já aconteceu tanta coisa que o que vier é lucro. É difícil esperar dos outros. Vou tentar fazer o meu", disse Medina completamente abatido após a prova.
Nova polêmica no bronze
Na disputa pelo bronze, a torcida brasileira reclamou novamente da arbitragem. Medina estava atrás do australiano Owen Whright e precisava de 6,20 para assumir a liderança. Já no fim da prova, o brasileiro conseguiu uma bela onda, deu um aéreo e comemorou bastante ao finalizar a manobra.
No entanto, a arbitragem novamente atrapalhou seus planos. A nota 6,0 recebida não foi suficiente para que Medina ficasse com a vitória. O brasileiro ainda procurou novas ondas, mas nenhuma com intensidade suficiente apareceu e sua derrota foi consumada.
Se na polêmica vitória de Igarashi a arbitragem apresentou grande oscilação, o mesmo não ocorreu na disputa do bronze. Os cinco juízes apresentaram notas parecidas: 5,3 - 5,8 - 6,0 - 6,2 e 6,8. Sendo assim, a média final da onda ficou em 6,0.
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