Britânico trocou 'sonho' da NFL e bolsa em Oxford pelo lançamento do disco
Lawrence Okoye era uma jovem esperança de medalha para a Grã-Bretanha no atletismo dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, quando decidiu mudar de vida. Atleta desde a infância, ele deixou uma bolsa de estudos na Universidade de Oxford para perseguir o sonho de ser jogador da NFL. Nove anos depois, nas Olimpíadas de Tóquio, o atleta resgata as origens no lançamento de disco.
Nascido e criado no sul de Londres, Okoye cresceu jogando rúgbi, como um ponta, até conhecer o atletismo. O jovem se desenvolveu como um lançador até disputar os Jogos Olímpicos em casa, e receber uma oferta de bolsa para cursar Direito na principal universidade britânica por conta de seus resultados esportivos. O 12º lugar foi um pouco decepcionante, mas serviu de motivação.
O físico avantajado e a vida estelar o seduziram e, no ano seguinte, o britânico se inscreveu no Draft da NFL. Rapidamente sua história chamou a atenção nos Estados Unidos, bem como os números de seus testes. Mesmo sem nunca ter jogado futebol americano, ele conseguiu um contrato com o San Francisco 49ers, e sua carreira na liga começou.
Foram seis anos passando por Arizona Cardinals, New York Jets, Dallas Cowboys and Miami Dolphins. As lesões e a falta de competitividade, entretanto, fizeram Okoye desistir de ser um deffensive tackle, mas não um atleta. De volta à Inglaterra, retornou ao atletismo.
"Tive uma hérnia, foi muito difícil, então voltar aos treinos e jogar na NFL seria muito doloroso para o meu corpo. Eu me cuidei o máximo que pude, e então voltei aos treinos. Eu sabia que, desde que ficasse saudável, seria muito bom de novo e já estou de volta há dois anos e retornei a este nível, então mais tempo no esporte vai me levar ainda mais longe", disse.
Lançando discos nos vizinhos
A volta ao esporte olímpico, entretanto, não foi fácil. Em meio à pandemia de covid-19 e sem local de lançamento para treinar, Lawrence Okoye precisou improvisar. Pegou pesos e discos e passou a treinar em um parque perto de sua casa.
"Eu precisava retomar minha técnica de lançamento, mas não tinha onde treinar. Comecei a usar um parque perto de casa, mas não é legal sair na rua e ver discos voando por aí. Meus vizinhos não ficaram muito satisfeitos [risos]", contou.
O adiamento das Olimpíadas de Tóquio, por outro lado, veio em boa hora. Okoye teve mais tempo de treinamento para "pegar o jeito" novamente.
"Felizmente, conseguimos alguns pesos e eu consegui voltar a lançar mesmo em parques. Isso é tudo que pude fazer durante o confinamento. Fui capaz de fazer algo em comparação com outros que não tinham nenhum equipamento", opinou.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.