Fernanda Paes Leme se inspira no pai e faz sucesso com vídeos olímpicos
Quer uma dica para ficar bem informado sobre as Olimpíadas de Tóquio —além de acessar o UOL, claro— de uma maneira leve e descontraída? Dá uma conferida no Instagram da Fernanda Paes Leme (@fepaesleme). Amante de esportes como o pai Álvaro José, conhecido como "A Enciclopédia do Esporte", a atriz tem feito sucesso com vídeos que resumem o que de melhor tem acontecido nos Jogos —o primeiro deles já conta com quase 280 mil visualizações.
A série ganhou o nome de "Fepa cobrindo Olimpíadas" e reúne, além de informações, análises e pitacos divertidos da atriz que, desde pequena, viu os esportes tomarem conta da sua vida. E você tem alguma ideia de qual a sua principal fonte de amor pelos esportes?
"Super vem dele [pai]! Único e total responsável", diz Fernanda Paes Leme em entrevista exclusiva ao UOL Esporte. "É o nosso assunto principal, o que faz a gente ficar horas conversando. Era esporte e Game Of Thrones, mas a série acabou", brinca.
"Cresci com um pai ausente por conta do trabalho e quis saber o que ele fazia. Me apaixonei. Não de cara! Quando eu era pequena e ouvia a voz dele na TV, ficava brava porque ele não estava ali do meu lado. Quando passei a ficar ausente por causa do meu trabalho fui entender meu pai. Hoje é só admiração", derrete-se a atriz.
Os vídeos, aliás, contam com algumas participações especiais do próprio pai, que está no Japão cobrindo a 11ª Olimpíada de sua carreira.
"Os Jogos sempre foram um evento para minha família, desde que nasci. Como meu pai é uma enciclopédia do esporte, é o momento de vê-lo brilhar. O clima pandêmico não estava favorecendo muito os Jogos e, de alguma forma, tive vontade de contribuir, sabe. Eu amo esportes. Nunca falei sobre. Quando eu era mais nova, tive vontade de seguir a carreira do meu pai também, até cursei jornalismo, mas nunca quis deixar meu trabalho como atriz de lado" diz.
Esporte em família
Para gravar os vídeos, que têm como objetivo exaltas os atletas, Fernanda Paes Leme tem contado com a solícita ajuda do irmão, Alexandre Paes Leme, diretor, roteirista e também ator, assim como ela. E mais um da família apaixonado por esportes.
"Eu tive a ideia de fazer uma cobertura olímpica porque eu queria muito enaltecer os atletas brasileiros, tudo é sempre tão sofrido, falta muito incentivo. E isso só seria possível com a ajuda do meu irmão, que sempre está por trás dos meus projetos de IGTV. Meu irmão também sabe tudo de esportes, acompanha tudo e, como eu também estou gravando uma série pra Netflix, precisava de alguém mais focado para ajudar no texto, edição", explica.
Os vídeos estão indo muito bem! Muita gente fica surpresa com esse meu lado... Eu me divirto fazendo e vejo as pessoas se divertindo também, além de se informarem. O que mais me deixa feliz é ver as pessoas se interessando pelo assunto por conta dos vídeos, enaltecendo os atletas e entrando no espírito olímpico de alguma forma. E não vi ninguém falando mal... Pelo menos não na minha frente [risos]".
"Adoraria ser amiga da Rayssa"
Fernanda Paes Leme não gosta apenas de assistir esportes, mas de praticar também. Sabe aquela pessoa que contava as horas para as aulas de educação física na escola? Era ela. "Eu fui jogadora de vôlei de quadra, federada no clube Banespa. Não era a melhor, mas sempre tive muita raça! Era aquela que jogava todos os esportes e amava aula de educação física. Mas atuar sempre falou mais alto, desde muito nova, e aqui estou", conta.
Aproveitando o papo e o clima olímpico, resolvemos perguntar qual esporte ela gostaria de representar o Brasil nas Olimpíadas, caso pudesse escolher. A resposta, assim como os programas do Instagram, veio de maneira divertida e espontânea, com direito a um recado para Rayssa Leal, a Fadinha, medalhista de prata em Tóquio.
"Acho que se queimada fosse um jogo olímpico, eu ia arrasar [risos]. Mas dos esportes oficiais, adoraria competir no skate e ser amiga da Rayssa, ou no vôlei mesmo, já que foi o primeiro e único esporte que fui profissional, mesmo que dos 11 aos 13 anos", diz.
"O mundo muda e o esporte tem que mudar também"
Falando um pouco mais sério, Fernanda Paes Leme lamentou a ausência de público em Tóquio e disse esperar que mulheres e homens dividam igualmente o espaço nos próximos Jogos Olímpicos.
"Sem público perde a emoção de ter a torcida ali em tempo real, vibrando pelos atletas, mas os Jogos são maiores do que qualquer coisa. É um momento especial, cultural e único para os países que participam. E são muitos, né", afirma a atriz, que ainda falou o que acha sobre a nova realidade das Olimpíadas no que diz respeito, especialmente, à diversidade.
"A política está presente em tudo na nossa vida e ali não poderia ser diferente. O mundo muda e o esporte tem que mudar também. Ver uma atleta não-binário no skate me emocionou. Ver os jornalistas preocupados em acertar o pronome, aprender. É uma evolução. Ainda tem muito para ser transformado, corpos de mulheres sendo colocados à prova com uniformes obrigatórios que mostram demais o corpo e podem incomodar não deveriam ser obrigatórios... e casos de racismo", acrescenta.
O espírito olímpico é lindo, mas nem sempre aparece. Ainda tem menos mulheres nos jogos, mas acredito que na próxima Olimpíada seremos 50 %! Isso sim é ouro!"
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