Pia pede desculpas e diz que evolução do Brasil passa por físico e mental
Derrotada por 4 a 3 nos pênaltis depois de empate sem gols no tempo normal e na prorrogação contra o Canadá, a seleção brasileira de futebol feminino se despede das Olimpíadas de Tóquio sem a chance de entrar na disputa por uma medalha. Depois de sua primeira competição oficial como treinadora do Brasil, a sueca Pia Sundhage pediu desculpas aos torcedores em entrevista coletiva concedida hoje (30), ainda no Japão.
"Estou muito triste. Desculpem por não termos chegados na semifinal. Tenho que voltar e fazer meu dever de casa para fazermos melhor na próxima vez", resumiu a treinadora que é bicampeã olímpica pelos Estados Unidos (2008 e 2012) e medalhista de prata pela Suécia (2016).
Para além do pedido de desculpas, Pia reconheceu que o volume ofensivo da seleção brasileira contra o Canadá deixou a desejar: "Poderíamos ter aumentando nossa velocidade, nosso ritmo. Mas o Canadá nos venceu e isso é sempre difícil. Talvez a gente pudesse ter feito mais no ataque hoje, mas aí não teríamos sido tão boas na defesa. Para mim é um equilíbrio."
Ao longo da campanha nas Olimpíadas, o Brasil venceu China (5 a 0) e Zâmbia (1 a 0), empatou com as favoritas da Holanda (3 a 3) e com o Canadá (0 a 0), no jogo eliminatório decidido nos pênaltis. É só a segunda vez desde que o futebol feminino entrou no programa olímpico, em 1996, que a seleção não foi para disputa de medalha, como ocorreu em Londres-2012. Os melhores resultados foram as medalhas de prata em Atenas-2004 e Pequim-2008.
Para Pia, a evolução do futebol brasileiro pensando em competições futuras passa por dois importantes pilares: "Se o Brasil quer estar no mais alto nível internacional e nós queremos, há duas coisas: melhorar um pouco o condicionamento físico e a parte mental. Acho que temos um time coeso, mas ainda há espaço para melhorar na parte física e na parte mental para lidar com qualquer tipo de dificuldade."
Ainda não há amistosos divulgados para a sequência do trabalho de Pia Sundhage. A próxima competição é a Copa América daqui a um ano, que dará vaga na Copa do Mundo da Austrália e da Nova Zelândia em 2023.
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