Brasil para na repescagem e fica sem medalha no judô por equipes em Tóquio
Após perder para a Holanda nas quartas de final do judô por equipes nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o Brasil não demorou para voltar ao tatame para a repescagem na madrugada deste sábado (31). Mas a seleção voltou a ser derrotada por 4 a 2, dessa vez por Israel, que havia sido eliminado pela França. Com isso, os brasileiros ficaram pelo caminho e deram adeus à disputa por medalha da competição, que estreia no programa olímpico.
Para a repescagem, o Brasil veio com modificações no lado masculino da equipe. Saíram Daniel Cargnin, Rafael Macedo e Rafael Silva e entraram Eduardo Barbosa (-73kg), Eduardo Yudi Santos (-81kg) e Rafael Buzacarini (+90kg). Eles se juntaram a Larissa Pimenta (-57kg), Maria Portela (-70kg) e Mayra Aguiar (+70kg).
As lutas
Barbosa foi o primeiro a subir no tatame, diante de Tohar Butbul. Em luta pegada e sem muitas chances, o israelense terminou o tempo normal com um shido. No golden score, o brasileiro assumiu a luta e o oponente levou duas punições. Eduardo, no entanto, não aproveitou a vantagem, viu o oponente crescer e não respondeu, perdendo a luta por três shidos.
O segundo combate foi entre Maria Portela e Gili Sharir. A brasileira foi para cima e fez uma luta franca até conseguir o wazari e, logo em seguida, uma imobilização dentro do tempo normal.
Eduardo Yudi e Li Kochman foram os próximos em uma luta menos movimentada e com o brasileiro sem levar muito perigo ao adversário. Improvisado na categoria até 90kg, o brasileiro de 26 anos sofreu sem conseguir encaixar golpes e, por fim, levou o ippon do israelense.
Na vez de Mayra, a brasileira foi para cima de Raz Hershko, que logo levou um shido. Bem agressiva, a medalhista de bronze (no individual) não precisou de muito tempo para conseguir um ippon e deixar tudo igual.
Porém, a igualdade não durou muito tempo. Rafael Buzacarini encarou Peter Paltchik e, em pouco tempo, levou uma chave de braço do oponente.
"É amargo para caramba. É muito ruim perder; eu odeio perder. É pedir desculpa, pois a gente não conseguiu. Temos atletas muito bons e treinamos muito. Cada um se doou muito e se esforçou muito. Todo mundo deixou o corpo inteiro e a alma ali dentro. Mas o gosto da derrota é muito ruim. Tem muita coisa pela frente. É levantar a cabeça e continuar trabalhando e se dedicando ao máximo, porque nosso time é muito forte", destacou Mayra ao Sportv.
Última chance
Precisando do resultado, Larissa subiu no tatame contra Timna Nelson-Levy. No minuto inicial, a brasileira quase encaixou um golpe, mas a israelense foi mais rápida. Nelson-Levy foi crescendo no combate e cansando a brasileira de 22 anos. Ainda no tempo normal, a israelense conseguiu um wazari, terminando a disputa.
"Foi uma experiência única. Primeira vez que defendo o Brasil em Jogos Olímpicos. É muito gratificante lutar por este país e defender esta bandeira. Independente do resultado, me sinto muito orgulhosa de estar aqui. A gente sempre fala que quando luta em equipe, a gente se transforma e vira uma coisa só. Tenho certeza que estou aqui hoje e, com certeza, representei a Suelen [a judoca lesionou o joelho lutando no torneio individual e ficou fora da disputa por equipes]. Ela estava aqui torcendo, vibrando e mandando energias positivas", destacou a 14ª colocada do ranking ao Sportv.
"Tenho muita coisa para melhorar, mas acredito em mim e na minha dedicação. Quando quero, sempre consigo. Aprendi muito com esta competição e com este evento. É uma transformação como pessoa e como atleta; vou voltar diferente", acrescentou Larissa.
Como funciona a competição
Esta é a primeira vez que a competição por equipes mista é disputada nas Olimpíadas. Com três mulheres e três homens divididos em categorias leve, médio e pesado, cada luta vale um ponto, e o time que somar quatro primeiro é o vencedor. Em caso de empate por 3 a 3, uma das categorias é sorteada para a luta de desempate.
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