Scheidt diz que mudará de classe, mas deixa futuro olímpico em aberto
Robert Scheidt finalizou neste domingo (1) a sua sétima participação nos Jogos Olímpicos, sem conseguir medalha em Tóquio. Ele terminou em 9º na "medal race", a última regata da classe Laser, e ficou na 8º posição geral. O ouro ficou com o australiano Matt Wear, a prata ficou com croata Tonci Stipanovic e o bronze foi do norueguês Hermann Tomasgaard.
Dos três pódios olímpicos que Scheidt conquistou na carreira, três foram na classe Laser, a mesma na qual competiu no Japão. Questionado, o paulista preferiu não afirmar se essa foi sua última jornada olímpica. Mas ele disse que se for a Paris, provavelmente irá com outro tipo de barco —ele já saiu da classe antes: em Pequim-2008 e Londres-2012, foi o representante do Brasil na classe Star, um barco para dois tripulantes (ele velejou ao lado de Bruno Prada).
"Na classe Laser dificilmente vou continuar, tenho uma história muito linda com a classe, já fiz dois retornos, em 2005 e agora em 2021. Minha história no Laser a nível olímpico termina aqui. É um barco que está no meu coração para sempre", disse. Nesta categoria ele conquistou o ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004, além da prata em Sydney-2000. As três medalhas olímpicas se juntam a doze títulos mundiais.
Em Tóquio, ele chegou à regata da medalha ainda com chances matemáticas, mas não conseguiu um bom desempenho.
O brasileiro explicou os motivos para que o barco, que tanto lhe acompanhou, não fazer mais parte do planejamento. "É uma classe que é difícil, muito física. Estou com 48 anos de idade, já participei de cinco Olimpíadas nessa classe. Já foi um grande desafio participar dessa Olimpíada e estar na forma que eu estou aqui hoje. Vamos torcer para gente conseguir ter uma nova geração de velejadores de Laser aí para me substituir", comentou.
O futuro de Scheidt nos Jogos é incerto. Presente na delegação brasileira desde 1996, ele não confirmou - nem negou - se disputará vaga às Olimpíadas de Paris-2024. "Com relação a outras classes é difícil dizer, é difícil responder hoje porque eu ainda estou com esse turbilhão do que aconteceu aqui essa semana e hoje. Vamos parar e pensar um pouco, mas acho que sete participações já é um já é um número bastante bom", brincou.
"Eu não vou mais falar que eu vou parar porque duas vezes eu já falei e eu voltei, então eu acho errado eu falar de novo que eu vou parar e depois eu voltar. Prefiro não declarar, nem pelo sim nem pelo não", completou.
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