Venezuelana é ouro e supera recorde mundial mais velho que ela no triplo
Em 10 de agosto de 1995, a ucraniana Inessa Kravets bateu o recorde do mundo do salto triplo, com a marca de 15,50m, no Mundial de Gotemburgo. Pouco mais de dois meses depois, em 21 de outubro, nascia Yulimar Rojas, em Caracas. Neste domingo (1), em Tóquio, a venezuelana se tornou a primeira mulher de seu país a conquistar uma medalha de ouro, batendo justamente o recorde que era mais velho do que ela própria, ao saltar para a vitória com 15,67m.
"Sempre disse que queria ser a primeira mulher a conseguir uma medalha olímpica para o meu país. As mulheres devem estar super emocionadas. Conseguimos mostrar que podemos vencer", disse a saltadora, conhecida como Yuli, que mora em Guadalajara, na Espanha, e treina com o cubano Iván Pedroso.
Logo no primeiro salto a venezuelana praticamente garantiu a medalha de ouro ao bater o recorde olímpico, ao alcançar 15,41m na caixa de areia. Claramente em busca do recorde mundial, Yuli foi arriscando: em quatro tentativas, queimou duas e acertou outras duas (com impressionantes 14,53m e 15,25m). Na última chance, conseguiu seu objetivo e explodiu em comemoração na pista do Estádio Olímpico de Tóquio. "Fiquei focada em fazer o resultado perfeito e consegui", comemorou.
Medalha de prata na Rio-2016, ganhou todos os títulos mundiais colocados em disputa no último ciclo olímpico, somando quatro ouros, entre as competições em pista coberta e ao ar livre. Com 1,92m de altura, a venezuelana começou a praticar esportes no vôlei, quando, adolescente, passou a treinar atletismo - primeiro, no salto em altura.
"Eu penso que ainda estou sonhando. Não acredito! Foi um longo caminho percorrido, com muito trabalho e que se materializou aqui em Tóquio", disse a saltadora, que ainda tem outros objetivos para a temporada. "Agora eu vou curtir o momento, mas volto logo a trabalhar para poder conseguir, enfim, vencer a Diamond League", afirmou Yuli, sobre o principal circuito de provas do atletismo.
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