Fã de Fratus, promessa da natação para 2024 vai treinar nos EUA
Quem esteve acompanhando a prova dos 100m livre, na piscina do Clube Santos Dumont, em Recife, deixou o local com uma certeza: em 2024, em Paris, o Brasil poderá ter um velocista capaz de repetir a proeza olímpica de Bruno Fratus. Trata-se do baiano Gui Caribé, 18 anos, que é hoje um dos jovens mais rápidos das piscinas nacionais. Ele ganhou a prova dos 100m, ficou em segundo nos 50m livre e levou também o troféu de melhor índice técnico do Campeonato Brasileiro Júnior-2 neste fim de semana e desponta como o novo concorrente a "foguete das águas" em nosso país.
"Meu filho é fã de Bruno Fratus, que é referência de velocidade em nosso país, é fã de César Cielo, pelo recorde do mundo, e de Edvaldo Valério, por ser baiano como ele, e acho que pode seguir a história desses nadadores. É um sonho palpável", espera Matheus Santos, pai do jovem talento. "Meu filho começou a nadar com dois anos e acho que o segredo de sua velocidade é a questão genética", acredita o pai, que é professor de educação física e nadador máster nas horas vagas.
A confiança no futuro esportivo de Caribé vem dos resultados que o jovem tem alcançado. Quinta-feira (29), ele realizou uma façanha que vinha perseguindo há algum tempo.
"Eu consegui bater o recorde baiano dos 100m, que era do meu ídolo Edvaldo Valério: 49s62. Era uma marca de quase 20 anos. Eu vinha brigando com o recorde e consegui baixar para 49s12", comemorou Caribé, que ganhou a medalha de ouro nesta prova.
Na mesma noite, ele, seu pai e mais alguns amigos foram comemorar o feito em uma churrascaria em Recife e só saíram de lá horas depois, com a alegria de ter visto também pela televisão a conquista de Bruno Fratus em Tóquio.
"Foi a segunda vitória da gente naquele dia, pois meu filho também é fã do Fratus". E Caribé se junta à fala do pai para dizer que o terceiro lugar de Bruno Fratus foi algo incrível. "Ele é mais um velocista sensacional de nosso país. Os nadadores de fora são mais altos e fortes. E o Fratus é praticamente da minha estatura. Vou fazer de tudo para competir em Paris em 2024 e também subir ao pódio."
Mas papai Matheus afirma que o maior ídolo do filho é mesmo Cesar Cielo.
"Verdade, ele tem o recorde do mundo e esse também será um dos meus objetivos: baixar essa marca sensacional."
Mas para que tudo isso aconteça, o menino terá de mudar de ares. A partir do ano que vem, deixará os treinos com seu técnico atual Rafael Spínola, deixará a sua querida Salvador e a piscina do Clube dos Empregados da Petrobrás, no bairro Stella Maris.
"Vou estudar e treinar nos Estados Unidos, onde terei as condições ideais para evoluir ainda mais", anuncia Caribé, que competirá pela Universidade do Tennessee.
"Poderia ser diferente se tivéssemos apoio aqui em nossa terra. Mas não temos. Tirando a passagem, todo o resto das despesas para que meu filho competisse agora em Recife saiu do meu próprio bolso."
Outra opção seria deixar Salvador e aceitar o convite de um clube do sul do país. "Mas eu acho que a melhor opção é essa mesmo, dos Estados Unidos".
Como se vê, o feito de Fratus em Tóquio mexeu com a natação brasileira. E segundo o técnico Thiago Moreno, do Pinheiros, além de Gui Caribé, outra jovem promessa é o corintiano Victor Alcará, de 20 anos, que quase alcançou o índice para a Olimpíada da capital japonesa.
"São dois nomes que possivelmente estarão disputando lugar na equipe para a próxima Olimpíada."
Além de Victor e Caribé, outro nome promissor é o de Victor Baganha, do Minas Tênis Clube, que ganhou a prova de 50m livre, no Campeonato Brasileiro em Recife. Como se vê, há vários candidatos a repetir a conquista de Bruno Fratus. E se tiverem a persistência do medalhista de bronze, com certeza conseguirão sucesso ou ao menos chegarão bem pertinho desse sonho que só existe para os nadadores velozes.
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