Eliminação marca fim da geração mais vitoriosa do Brasil no handebol
Quando o Brasil foi campeão mundial no handebol feminino em 2013, a expectativa das jogadoras era de que a modalidade desse um salto. Mas a eliminação na fase de grupos nas Olimpíadas de Tóquio-2020, após derrota para a França, por 29 a 22, marca o fim da geração mais vitoriosa do esporte no país sem medalha olímpica.
Desde os Jogos Olímpicos de Pequim-2008, esta foi a primeira vez que o Brasil caiu na fase de grupos. É também a primeira vez que esta geração regride de colocação numa olimpíada: Foi 9º em Pequim, 6º em Londres-2012 e 5º no Rio-2016.
A base da equipe que perdeu para a França era basicamente a mesma daquela que levantou a taça no Mundial da Sérvia, em 2013. Na ocasião, a equipe era treinada pelo dinamarquês Morten Soubak. Desde aquela conquista, restaram na seleção a goleira Barbara (34 anos), Ana Paula (33), Duda (34) e Alê (39).
"Mostramos para o mundo e para os brasileiros que o handebol é um esporte que deve ser levado a sério. Agradecer todo o carinho que a gente recebeu. Nossa missão é trazer esperança para as pessoas e mostrar que o esporte pode mudar a vida das pessoas e que vocês continuem torcendo para a gente", pediu a goleira Barbara, após a eliminação.
Para piorar o cenário, a Confederação Brasileira de Handebol foi envolvida em uma série de escândalos. Em 2018, o presidente Manoel Luiz Oliveira foi afastado pela Justiça por suspeita de irregularidades na gestão. O seguinte, Ricardo Souza, renunciou em dezembro do ano passado depois de ser acusado de assédio sexual por uma funcionária.
Isso tudo contribuiu para que não houvesse uma grande renovação. Com o campeonato nacional estagnado, não há o interesse de antes na modalidade. Ainda não se sabe quem vai herdar o posto de Duda Amorim, grande expoente da geração, eleita melhor do mundo da categoria em 2014, e que não deverá voltar a vestir a camisa da seleção brasileira após os Jogos de Tóquio.
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