Duplantis é campeão sem recorde, e Thiago Braz segue recordista olímpico
Thiago Braz garantiu mais do que a medalha de bronze na final do salto com vara nas Olimpíadas de Tóquio. O paulista de Marília ainda manteve o recorde olímpico, já que o campeão, o sueco Armand Duplantis, não bateu sua marca de 6,03m conquistada na final da Rio-2016.
O recorde alcançado por Braz no Estádio Nilton Santos segue como a maior marca da prova na história das Olimpíadas. O brasileiro manteve a marca mesmo com o ouro do sueco, porque Duplantis optou por bater seu próprio recorde mundial, de 6,19m, logo após garantir o primeiro lugar no pódio olímpico, com 6,02m.
"Ele que me perdoe mas sim, eu queria que meu recorde permanecesse. Não é fácil, nas Olimpíadas, com toda a pressão, com o peso que é, saltar seu melhor resultado. Mas ele tinha total possibilidade de saltar o recorde mundial e olímpico. E eu acredito ainda, tenho essa esperança, de que para mim é possível [saltar acima de 6,03m]", disse Thiago Braz.
Como sua marca para garantir o ouro era de 6,02m, Armand Duplantis não superou o recorde olímpico de Thiago Braz, que fica no Brasil. Até a Rio-2016, o recorde dos Jogos era do francês Renaud Lavillenie, que fez 5,97m na final de Londres-2012, quando foi campeão.
Lavillenie foi derrotado por Braz no Rio de Janeiro, em decisão emocionante. A decisão olímpica de 2016 marcou a única vez em que o brasileiro superou os seis metros em toda a carreira. Depois, ele tem como sua melhor performance os 5,92m, que alcançou duas vezes na Diamond League, em Baku (2015) e em Mônaco (2019).
Aos 21 anos, Duplantis já passou dos 6,03m dez vezes na carreira, seja em competições em estádio aberto, como nas Olimpíadas, ou indoor. Sua melhor marca, o recorde mundial, é de 6,18m, no Grand Prix de Glasgow, em 2020. No mesmo ano, anotou 6,15m na etapa de Roma da Diamond League, recorde em estádio aberto.
Com a medalha de bronze em Tóquio-2020, Thiago Braz se tornou o oitavo brasileiro a conquistar dois pódios no atletismo em Jogos Olímpicos, e igualou feito individual dos saltadores Adhemar Ferreira da Silva — o único bicampeão olímpico do atletismo brasileiro —, Nelson Prudêncio e João do Pulo, além do fundista Joaquim Cruz. Além deles, Edson Luciano, André Domingos e Vicente Lenílson têm duas medalhas nos revezamentos 4x100m, em Atlanta-1996 e Sydney-2000.
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