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Lars Grael exalta feito de Martine e Kahena: "Vela era um esporte machista"

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/08/2021 02h23

Lars Grael, tio de Martine Grael, bicampeã olímpica ao lado de Kahena Kunze na classe 49er FX nesta terça-feira (3), exaltou o feito da dupla, afirmando que a vela era um esporte machista. Ele ressaltou que as mulheres tiveram seu espaço apenas a partir das Olimpíadas de Seul-1988, na Coreia do Sul.

"Olha, um orgulho muito grande. Os avós da Martine, que não estão vivos, estão muito felizes em saber o que ela fez, o que ela está construindo na vela. Gente, a vela até muito poucos anos atrás era um esporte machista. A vela feminina começou em Seul-1988, e hoje o Brasil vai ganhando medalhas é justo na vela feminina. Que bacana, uma história. Elas estão fazendo gerar uma admiração internacional pela trajetória, pela garra e pela frieza", afirmou Lars, durante transmissão na Rede Globo.

"Essa medalha mostra que a vela feminina no Brasil é capaz, sim. Basta que as meninas encontrarem uma boa dupla, uma boa parceria. A gente tem meninas aí. Nossa última medalha abriu o horizonte, e é isso que a gente quer. A gente quer inspirar e trazer essa vela feminina como um legado. Espero que essa medalha traga mais meninas para nossa vela", pediu Kahena, em entrevista ao SporTV.

A outra conquista feminina na vela, além dos ouros de Martine e Kahena, foi o bronze em Pequim-2008, na classe Star, com Fernanda Oliveira e Isabel Swan, na classe 470.

Lars conquistou duas medalhas de bronze na classe Tornado - Seul-1988 e e Atlanta-1996. Seu irmão e pai de Martine, Torben Grael, foi ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004, na Star, prata em Los Angeles-1984, na Soling, e bronze em Seul-1988 e Sidney-2000, também na Star.