Martine conquista 2º ouro e família Grael se aproxima dos Rezende: 10 a 9
A medalha de ouro conquistada por Martine Grael e Kahena Kunze na classe 49er FX da vela na Tóquio-2020 é a segunda da dupla em Jogos Olímpicos — elas foram campeãs no Rio de Janeiro, em 2016, no mesmo barco. E muda, um pouco, a briga das famílias mais importantes do esporte olímpico brasileiro. Agora, os Grael somam nove medalhas, contra dez dos Rezende, do vôlei, com o técnico Bernardinho e o levantador Bruninho.
Martine, de 30 anos, é a filha mais nova de Torben Grael, maior medalhista olímpico do Brasil. Com cinco medalhas na vela, ele tem o mesmo número de Robert Scheidt. Torben tem dois ouros, em Atlanta-1996 e Atenas-2004, uma prata, Los Angeles-1984, e dois bronzes, em Seul-1988 e Sydney-2000. Além disso, o tio de Martine, Lars, tem dois bronzes (Seul-1988 e Atlanta-1996).
O clã dos Rezende, do vôlei, soma medalhas no banco de reservas e em quadra. Bernardinho tem uma prata como jogador, de Los Angeles-1984 — ele era o levantador reserva da "geração de prata". Como técnico, soma dois ouros (Atenas-2004 e Rio-2016) e duas pratas (Pequim-2008 e Londres-2012) com a seleção masculina e dois bronzes (Atlanta-1996 e Sydney-2000) com a seleção feminina. Bruninho, seu filho, tem três pódios: ouro na Rio-2016 e prata em Pequim-2008 e Londres-2012 — ele ainda pode aumentar essa conta no Japão.
É bom lembrar, também, que Torben Grael era o coordenador da equipe de vela tanto na Rio-2016 quanto na Tóquio-2020, mas, diferentemente do vôlei, os técnicos na vela não costumam ser listados como medalhistas olímpicos. Se fossem, os dois ouros de Torben como mentor de Martine fariam a conta virar para 11 a 10.
Quando você está competindo, está entretido. Não tem muito espaço pra emoção. Quando está de fora assistindo, não tem nada pra fazer, só torcer. E é muito mais emocionante pra mim ver uma medalha dela do que ganhar uma medalha porque ver meus filhos bem sucedidos é muito bom".
Torben Grael, pai de Martine e de Marco, que terminou em 16º na classe 49er
Campeão dos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, Marco Grael, irmão de Martine, também competiu no Japão. Ao lado de Gabriel Borges, ele terminou em 16º na classe 49er após um problema com equipamentos anularem todos os resultados obtidos em um dia de competição.
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