EUA batem Austrália em jogão com direito a gol olímpico e faturam o bronze
A seleção feminina dos Estados Unidos é bronze no futebol de Tóquio. As norte-americanas bateram a Austrália por 4 a 3 na manhã desta quinta-feira (5), com golaços de Megan Rapinoe (2) e Carly Lloyd (2) - Kerr, Foord e Gielnik marcaram para a seleção australiana. Em um jogo que começou dominado pelas atuais campeãs do mundo, o fim foi com sustos, apesar da vitória.
Tetracampeã olímpica, a seleção dos Estados Unidos chegou à sua sexta medalha com o bronze no Japão. As americanas só não foram ao pódio olímpico em 2016, quando perderam para a Suécia nas quartas. Além dos quatro ouros e deste terceiro lugar, elas foram prata em 2000.
Do lado australiano, a quarta colocação foi a melhor da história da seleção, que nunca havia ultrapassado as quartas nas suas outras três participações nos Jogos.
Destaques da partida, Lloyd e Rapinoe podem ter feito o último jogo olímpico das suas carreira. Aos 39 anos, a primeira é uma das maiores lendas do futebol feminino dos Estados Unidos, e a segunda, aos 36, é a única a marcar gols olímpicos nos Jogos entre homens e mulheres. Contra a Austrália, ela marcou o seu segundo - em Londres também já havia anotado um assim.
O jogo
As norte-americanas começaram o jogo pressionando e empurrando as adversárias para o campo de defesa. A Austrália ainda não tinha conseguido passar do meio campo quando Rapinoe, antes dos dez minutos, fez um gol de placa, batendo o escanteio direto pro fundo da rede de Micah.
Após abrir o placar, os Estados Unidos seguiram superiores, sem deixar as Matildas respirarem. Foi um erro na troca de passes na defesa norte-americana que colocou as australianas no jogo. Foord aproveitou a bola errada, esperou a movimentação de Kerr e enfiou para a camisa 2 mandar de canhota na saída da goleira e deixar tudo igual.
O gol acordou a Austrália, que quase virou no lance seguinte em cabeçada de Kerr. Mas foram os Estados Unidos que ficaram na frente do placar de novo minutos depois do empate. Após corte mal feito por Kennedy dentro da área, a bola caiu direto no pé de Rapinoe. De voleio e de primeira, a craque do time fez mais um golaço de placa.
A desvantagem fez as australianas correrem atrás do prejuízo, se expondo mais. Os Estados Unidos ficaram perto de aumentar o placar, com chances de Press e Rapinoe. Já chegando no fim da etapa, as norte-americanas conseguiram se aproveitar de um vacilo das adversárias e ampliaram com Lloyd, em mais um belo gol das campeãs mundiais.
Na volta dos vestiários, não demorou muito para os Estados Unidos abrirem vantagem ainda maior. Vivendo um dia para esquecer, Kennedy errou feio mais uma vez ao recuar mal uma bola alta de Press, com Lloyd na cola. A camisa 10 foi mais rápida que as australianas e, sozinha na área, mandou por entre as pernas de Micah.
Mas a Austrália não se entregou e respondeu rapidamente Um buraco na defesa adversária deixou Foord receber cruzamento pela direita sozinha e mandar para o gol de cabeça. O desconto colocou fogo no jogo, e as Matildas carimbaram a trave logo em seguida.
O jogo ficou mais aberto com o gol australiano. As duas seleções seguiram buscando o ataque, mas com um ritmo mais cadenciado. Administrando o resultado, os Estados Unidos seguraram bem a partida até os 45 do segundo tempo.
O jogo parecia caminhar para um finm morno, mas Gielnik arriscou de fora da área e venceu a goleira americana para colocar mais emoção nos minutos finais. Pressionados, os Estados Unidos seguraram a bola, enquanto as adversárias buscavam aquele gás final com bolas aéreas, mas sem sucesso.
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