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Steven Gardiner dá ouro às Bahamas nos 400m; brasileiro é 18º no decatlo

Steven Gardiner bateu favoritos e faturou a medalha de ouro nos 400m rasos nas Olimpíadas de Tóquio  - Stephen McCarthy/Sportsfile via Getty Images
Steven Gardiner bateu favoritos e faturou a medalha de ouro nos 400m rasos nas Olimpíadas de Tóquio Imagem: Stephen McCarthy/Sportsfile via Getty Images

Colaboração para o UOL, em São Paulo

05/08/2021 09h53

Em um dia um pouco menos badalado nas Olimpíadas de Tóquio, o atletismo distribuiu medalhas e teve um campeão inédito nos 400m. Steven Gardiner conquistou o primeiro ouro individual masculino da história das Bahamas nos Jogos Olímpicos. Único brasileiro da manhã de competições, Felipe Santos ficou com a 18ª posição do decatlo.

A manhã no Estádio Olímpico de Tóquio distribuiu também medalhas para as mulheres no heptatlo e no salto com vara, além de eliminatórias dos 4x400m. Os homens disputaram as semifinais dos 1500m e definiram os finalistas da prova de fundo.

Gardiner conquista ouro inédito

Prova mais nobre do dia, a final dos 400m tinha no campeão olímpico Kirani James, de Granada, o grande favorito, embora seu ciclo não indicasse grande vantagem aos concorrentes. Na raia sete, Stevie Gardiner foi mais rápido que os concorrentes na última curva, abriu distância e cruzou a linha de chegada para faturar a primeira medalha de ouro individual entre os homens da história das Bahamas.

Com 43s85, o bahamense anotou o melhor tempo do ano para subir ao lugar mais alto do pódio. Em grande recuperação, o colombiano Anthony Zambrano ficou com a medalha de prata, com 44s08, e Kirani James, ultrapassado no fim, levou o bronze, com 44s19.

A prova foi disputadíssima, com muitas alternâncias de liderança na volta completa da pista do Estádio Olímpico de Tóquio. O americano Michael Norman liderava até os últimos 50m quando acabou ultrapassado pelos corredores das raias do meio, ficando de fora do pódio olímpico.

Brasileiro fica em 18º no decatlo

Felipe Santos ficou em 18º posição no decatlo e concluiu a prova de 10 etapas em dois dias com 7880 pontos. Quem subiu no pódio e faturou a medalha olímpica dourada foi o canadense Damian Warner, que bateu o recorde olímpico. A prata ficou com o francês Kevin Mayer e o bronze ficou com o australiano Ashley Moloney.

Felipe dos Santos terminou final do decatlo nas Olimpíadas de Tóquio no 18º lugar - Phil Noble/Reuters - Phil Noble/Reuters
Felipe dos Santos terminou final do decatlo nas Olimpíadas de Tóquio no 18º lugar
Imagem: Phil Noble/Reuters

A prova de fechamento da modalidade foi a corrida de 1500 metros e o brasileiro terminou em décimo oitavo lugar, somando 604 pontos. Além dessa prova, o atleta disputou hoje os 110 metros com barreiras, lançamento de disco, salto com vara e lançamento de dardo.

Nos 110 metros com barreira, ele ficou em sétimo na sua série e fez o tempo de 14s58, e somou 901 pontos. No lançamento de disco, Felipe ficou em oitavo na sua bateria lançando 39.91 metros, e conseguiu 663 pontos. No salto com vara, ele foi o último, na frente apenas do australiano Dobler, que não conseguiu saltar. Seu salto foi de 4.60 metros e totalizou 790 pontos. Na prova de lançamento de dardo, o brasileiro ficou em décimo lugar lançando 54.56 metros, somou 656 pontos.

Ontem, o brasileiro ficou em 12º após 5 provas e fez uma pontuação de 4.266. Ele disputou os 100m rasos, salto em distância, arremesso de peso, salto em altura e 400m rasos.

Bélgica leva o ouro no heptatlo

Favorita, Nafissatou Thiam conquistou mais uma medalha de ouro para a Bélgica no heptatlo. Campeã na Rio-2016, a belga venceu as disputas no salto em altura, salto em distância e lançamento de dardo para chegar ao título com 6.791 pontos no somatório.

A medalha de prata ficou com a holandesa, Anouk Vetter, que marcou 6.689 pontos, com a compatriota Emma Oosterwegel completando o pódio no fim ao ficar na segunda posição da última bateria dos 800m rasos, ultrapassando a americana Kendell Williams, e anotando 6.590 pontos.

O heptatlo possui uma pontuação para as marcas das atletas em sete provas (110m com barreiras, salto em altura, arremesso de peso, 200m rasos, salto em distância, lançamento de dardo e 800 m rasos). O atleta que soma mais pontos vence a disputa dos mais completos do atletismo mundial.

Americana vence no salto com vara

Única a superar o sarrafo em 4,90m, a americana Katie Nageotte confirmou o favoritismo e ficou com a medalha de ouro no salto com vara feminino. Esta foi a terceira conquista olímpica para os Estados Unidos na prova desde sua introdução nas Olimpíadas, em Sydney-2000.

Dona da melhor marca do ano, com 4,95m, ela superou a russa Anzhelika Sidorova, que parou em 4,85m e levou a prata. A britânica Holly Bradshaw completou o pódio também com 4,85m, mas atrás da vice-campeã nos critérios de desempate.

EUA e Jamaica farão novo duelo na final dos 4x400m

Dominantes nas provas de velocidade, Estados Unidos e Jamaica têm tudo para fazer mais um embate pelo ouro no revezamento 4x400m entre as mulheres. As americanas fizeram o melhor tempo da semifinal, com 3min20s86, enquanto a equipe jamaicana marcou 3min21s95.

Sem Elaine Thompson-Herah, mas com Shelly-Ann Fraser-Price, a Jamaica esteve na mesma bateria que os EUA, que tiveram Kaylin Whitney, Wadeline Jonathas, Kendall Ellis e Lynna Irby nas semifinais. Na outra bateria, a Polônia de Anna Kielbasinska, Iga Baumgart-Witan, Malgorzata Holub-Kowalik e Justyna Swiety-Ersetic ganhou fácil, com Cuba surpreendendo na segunda posição.

Queniano bate recorde olímpico na semi dos 1500m

Era só para garantir vaga na final, mas Abel Kipsang não quis saber de conversa. O queniano bateu o recorde olímpico nas eliminatórias dos 800m, com 3min31s65, e marcou o melhor tempo para a grande final.

A prova teve também uma curiosidade: o polonês Michal Rozmys perdeu sua saptilha, e terminou a prova calçando apenas uma meia em um de seus pés. Ainda assim, concluiu a prova em 3min54s53, último de sua bateria e insuficiente para se garantir na final olímpica.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do informado no texto, o atleta Damian Warner é canadense, e não norte-americano. A informação foi corrigida.