Érica lamenta punição, mas se vê feliz por prova: 'Me considero vencedora'
Érica Sena bateu na trave por uma medalha olímpica. A brasileira chegou à parte final da prova na terceira posição e parecia ter o bronze garantido na marcha atlética, mas acabou punida e fora do pódio nas Olimpíadas de Tóquio.
Triste com a punição que lhe deu o 11º lugar — melhor participação do Brasil na marcha atlética no Japão —, Érica lamentou o resultado, mas exaltou seu desempenho.
"Queria muito esse resultado, a marcha atlética brasileira precisava muito disso e eu dei tudo de mim na competição. Estou contente porque hoje fiz a melhor prova da minha vida. Me considero uma vencedora. Tive um ano muito difícil, treinei com muitas dores, pensei em parar. Agradeço muito ao meu treinador, que me deu muita força para que eu não desistisse", disse.
Questionada se viu injustiça na punição, a brasileira afirmou que viu o fim de prova como "inesperado". Érica Sena voltou a destacar sua performance e esforço, sem ignorar o peso da punição no resultado final.
"O que ocorreu no final foi muito inesperado e nunca havia acontecido comigo em grandes competições. A chinesa que estava atrás de mim é a atual campeã mundial e uma atleta muito rápida. A ideia era acelerar antes e ganhar distância dela. Deu certo e quando vi, já estava me aproximando da colombiana e brigando pelo segundo lugar. Depois disso, todos viram o que aconteceu. É muito duro por tudo que fiz, mas aconteceu. Fiz o melhor que pude e dei tudo de mim por essa medalha", afirmou.
No fim, punida, Érica Sena ficou com a 11ª colocação, melhor resultado do Brasil na marcha atlética em Tóquio. A pernambucana de 36 anos já havia conquistado o 7º lugar na Rio-2016 e tem diversos pódios em provas pelo mundo. A italiana Antonella Palmisano ficou com o ouro, seguida pela colombiana Sandra Arenas, medalhista de prata, e a chinesa Liu Hong, que herdou o bronze após sequências de punições no pelotão de frente.
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