Melhor ataque, México vence Japão e fica com o bronze no futebol masculino
O México venceu o Japão por 3 a 1 e conquistou hoje (6) a medalha de bronze do futebol masculino nas Olimpíadas de Tóquio. Os gols no Estádio Saitama foram marcados por Córdova, Alexis Vega e Johan Vásquez — este, foi um dos que perdeu pênalti na fase anterior. Mitoma descontou.
Eliminada nos pênaltis pelo Brasil nas semifinais, a seleção mexicana consolida com a terceira posição uma boa campanha, dona do melhor ataque da competição com 17 gols em seis partidas. Já o Japão, que deu trabalho para a Espanha e só foi derrotado na prorrogação, fica sem medalha nesta modalidade, mas esperançosa com a geração que apresentou nomes como Hayashi, Kubo e Mitoma.
É a segunda medalha olímpica do México no futebol masculino. A outra foi de ouro em Londres-2012, justamente contra o Brasil. Quase dez anos depois, a Amarelinha é quem decide Tóquio-2020 contra a Espanha amanhã (7), às 8h30, no Estádio Internacional de Yokohama.
Córdova é o melhor em campo
Como se um gol e duas assistências não fossem suficientes para elegê-lo como o craque do jogo em Saitama, Córdova ainda fez a diferença na administração da vantagem construída logo cedo com passes qualificados, dribles e inteligência na manutenção da posse de bola e na hora certa da assistência para finalizações. Meia mais aberto pela esquerda, o jogador de 24 anos do América do México ainda chegou aos quatro gols marcados nos Jogos, só um a menos que Richarlison. Para o Japão não esquecer.
Marcação japonesa frágil
A seleção japonesa sofreu três gols em jogadas de bola parada, o que no futebol moderno em que se treina o fundamento à exaustão é imperdoável. Endo cometeu pênalti e Tomiyasu não alcançou pelo alto e confundiu o goleiro Tani numa cobrança de falta na área, erros que custaram caro na disputa pela medalha de bronze. Endo, aliás, tomou cartão cedo por uma dividida com Ochoa e foi um dos destaques negativos em campo pela pouca competitividade defensiva associada à falta de opção no ataque.
Gols na bola parada e controle
O Japão mudou sua forma de jogar em relação à semifinal contra a Espanha com mais marcação pelos lados e a sensação é de que demorou a se adaptar ao México. Os gols marcados no intervalo de nove minutos ainda no primeiro tempo em duas jogadas de bola parada — um pênalti e um cabeceio após cobrança de falta — acordaram o time da casa tarde demais. Até houve tentativas, como numa jogada de improviso e numa tentativa de infiltração de Hayashi e também em falta fechada de Kubo, mas só.
Em vantagem logo cedo, o México exerceu controle. Compactou a marcação, picotou o jogo com faltinhas táticas e amarrou o Japão, que depois de demorar para entrar no jogo sofreu para construir chances mesmo com mais posse de bola. O técnico Hajime Moriyasu acionou Hatate no intervalo e abriu um pouco mais o time para tentar competir. Sem pressa, o México chegou ao terceiro gol em nova jogada de bola parada, mas foi acuado pelas jogadas de Mitoma, Ueda, Doan e Miyoshi.
O primeiro deste quarteto diminuiu o placar numa jogada pessoal e deu emoção para os últimos minutos, mas não mudou a história do jogo nem nos quatro minutos de acréscimos do árbitro etíope Bamlaku Weyesa.
Os gols
O México abriu o placar numa cobrança de pênalti aos dez minutos do primeiro tempo. Endo derrubou Alexis Vega no limite da entrada da área e Córdova bateu no cantinho direito rasteiro, sem defesa para Tani. O segundo gol saiu aos 21, em nova jogada de bola parada pelos pés de Córdova. Desta vez o camisa 17 cobrou falta pelo lado esquerdo do ataque e viu Johan Vásquez se antecipar à marcação para cabecear.
Mais uma jogada de bola parada rendeu o terceiro gol mexicano: escanteio cobrado pelo mesmo Córdova do lado esquerdo e cabeceio firme de Alexis Vega de frente para o gol, com a marcação parada, aos 12 minutos do segundo tempo. O Japão descontou vinte minutos depois, quando Mitoma recebeu de Kubo, cortou Sánchez e César Montes com facilidade e chutou no alto na saída de Ochoa.
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