'É a medalha para o nobre guerreiro", comemora Hebert após o ouro olímpico
Assim que acabou sua luta contra o ucraniano Oleksandr Khyzniak, Hebert Conceição virou para as câmeras e falou "é a medalha para o nobre guerreiro, tenho muito orgulho em ser brasileiro".
Com o nocaute conquistado no terceiro assalto, o baiano garantiu o ouro na categoria até 75kg do boxe, na madrugada deste sábado (7), nas Olimpíadas de Tóquio-2020.
Hebert foi para o último round sabendo que teria de derrubar o ucraniano, campeão mundial em 2017, se quisesse ser campeão olímpico no Japão.
"Foi surpresa para muita gente, mas para mim não foi surpresa ser campeão olímpico porque eu trabalhei muito. São muitas pessoas que me ajudam nessa trajetória. É uma gratidão imensa poder representar o Brasil, o meu Estado, a Bahia, minha cidade, Salvador. Só tenho a agradecer a energia positiva de todos. Todos que estão aqui presentes, que estão no Brasil. Estou muito feliz e agora é comemorar", afirmou Hebert, em entrevista à TV Globo logo após a premiação.
Hebert chegou a Tóquio como uma das esperanças brasileiras para conseguir uma medalha. Cabeça de chave número 3, chegou credenciado pelo bronze no Campeonato Mundial de 2019 e a prata nos Jogos Pan-Americano, em Lima, no Peru, também em 2019.
"Eu sabia que ele seria um grande adversário, um adversário muito duro, muito sujo, desculpe até. Ele atrapalha um pouco a gente trabalhar da maneira que é o boxe. Ele é muito forte, [dá] golpe na nuca, vocês puderam ver. Chegou uma hora que eu também tentei ser sujo, porque não tinha mais o que fazer. Meus técnicos falaram que eu estava perdendo. Eram três minutos para mudar a cor da medalha, fui com tudo. Era loteria, se eu tomasse o nocaute, também não estaria perdendo nada porque eu já estava perdendo [a luta]. Que bom que eu consegui o nocaute, estou muito feliz. Só agradecer mesmo", resumiu Hebert, após conseguir conquistar a medalha de ouro.
Esta é a sexta medalha de ouro do Brasil nos Jogos de Tóquio até aqui. Além de Hebert, levaram ouro Rebeca Andrade, na ginástica; Italo Ferreira, no surfe; Martine Grael e Kahena Kunze, na vela (49er FX); Ana Marcela Cunha, na maratona aquática; e Isaquias Queiroz, na canoagem.
"Primeiramente, eu quero dedicar essa medalha a todos os brasileiros. Não só o nosso país, mas o mundo está passando por um momento muito difícil. A pandemia nos atingiu no ano passado, uma coisa triste. Recentemente, um colega da nossa equipe perdeu a mãe dele. Tem muitas pessoas muito tristes, que perderam seus empregos e seus entes queridos. Espero ter proporcionado um pouco de felicidade e um breve sorriso, que tenha feito a diferença na vida de todos vocês. Espero que esse momento caótico no mundo passe logo para que a gente possa voltar a nossa vida ao normal", finalizou o boxeador baiano, mais novo medalhista de ouro da história do Brasil.
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