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Malcom, herói do ouro, chegou à seleção após corte de volante e já no Japão

Do UOL, em São Paulo

07/08/2021 11h23

Malcom chutou cruzado, a bola bateu na perna do goleiro espanhol e entrou. Foi o segundo gol do Brasil na final olímpica do futebol nos Jogos de Tóquio. E a prova de que todo o esforço do atacante valeu a pena: Malcom estava na lista inicial do técnico André Jardine para o torneio, foi vetado pelo seu clube, o Zenit, foi à Rússia, brigou pela liberação e, apenas quando a seleção já se preparava para voar para Tóquio, veio a liberação de que poderia jogar no Japão.

O problema de Malcom se repetiu com diversos jogadores chamados por Jardine. O atacante Pedro, do Flamengo, por exemplo, foi vetado pelo clube carioca, assim como o meio-campista Gerson, pelo Olympique de Marselha, seu novo clube. Para a vaga de Malcom tinha sido chamado o volante Douglas Augusto, outro ex-Corinthians, que joga no Paok, da Grécia. O jogador, porém, se machucou ainda na fase de treinamentos na Sérvia e acabou cortado.

Malcom voltou à pauta apenas dez dias antes da estreia nos Jogos Olímpicos. A situação com seu clube, porém, já tinha mudado: o Zenit o segurou para a disputa da Supercopa da Rússia. Após a vitória por 3 a 0 sobre o Lokomotiv, ele foi liberado. Partiu diretamente para o Japão. "Quando Deus tem planos para nossa vida, nos resta orar e esperar a vontade dele. Eu fiquei muito feliz, honrado e motivado com a reconvocação para disputar essa Olimpíada", afirmou o atleta então.

Nas Olimpíadas, Malcom não foi titular em nenhum momento, mas entrou em todas as partidas.